23.3.11

Visão sobre duas rodas

Novas possibilidades de uso do aparato cinematográfico (falo de toda gama de películas e vídeos) parecem-me sempre interessantes - mesmo ideias já quase batidas, esperando apenas alguém atribuir um fim artístico.
Entre estas o ponto de vista de um automóvel, já caracterizado pelo uso constante do carro, mas dessa vez falo de mais rapidez e sutileza. Primeiro uma câmera colocada numa bicicleta que percorre um circuito de rua arriscadíssimo em Val Paraíso; em outro vídeo outra câmera colocada também numa bicicleta descendo o morro Santa Marta, no Rio de Janeiro (ambas ações da Red Bull); e por fim um vídeo aparentemente anônimo de um ousado motociclista pelas ruas de Moscou. Adrenalina sob planos-sequências insuperáveis, esperando uma utilização melhor que mera publicidade.







20.3.11

A Brief History of Title Design

A Brief History of Title Design , ou traduzido "Uma Breve História do Design dos Títulos (de filmes)", é exatamente o que propõe: um vídeo com títulos de filmes hollywoodianos que vai de Intolerância (1916) de D. W. Griffith aos tempos atuais.
Uma boa forma de se analisar a tipografia e os avanços digitais utilizados nesses títulos em menos de 3 minutos. Vi no Sedentario.org

16.3.11

queria mesmo é querosene e fosforo
pra taca fogo em tudo
e ver se das cinzas
surge uma fenix
mas vai ver que o bonito
deve ser se foder na vida mesmo
porque né
pelo menos
uma inspiraçãozinha dá
ou o homem com uma dor
é apenas coisa de quem está susse.
ahm?

bom, se alguém souber me explica
é que eu ando cansada de achar algum entendimento
dessa merda toda.

15.3.11

10 sites colaborativos úteis

Estava eu navegando pelo site do canal Futura (uma das melhores coisas que a Rede Globo "criou"), quando deparei-me nesta notícia publicada. Vale a pena conferir e aproveitar estes 10 sites colaborativos em estilo wiki, distribuindo conhecimento livremente. Uma nova consciência que tem tudo para tornar-se cada vez mais utilizada e com mais qualidade - que os serviços pagos que pensam unicamente no lucro.



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Não vive sem a Wikipedia? Conheça outros sites colaborativos que estão ganhando espaço e podem ser bem úteis.

Wikiversidade – Dá para fazer cursos online, pesquisar e incluir novas leituras, planos de aula, lições e outros materiais de aprendizagem. Aqui qualquer pessoa com acesso à internet pode criar conteúdos didáticos como exames ou fóruns de discussão e corrigir artigos já existentes, da mesma forma que ocorre na Wikipedia.

Wikilivros – Livros, manuais, tutoriais e outros textos didáticos de domínio público. Você também pode contribuir com a biblioteca ensinando, por exemplo, a preparar um prato típico da sua região. Pode revisar e editar os textos disponíveis (incluindo mais informações, referências, ilustrações...) Ou, quem sabe, incorporar mais conteúdo, como um livro novo, por exemplo.

A versão em português já tem 384 livros, organizados por áreas do conhecimento, ordem alfabética ou nível educacional. Os textos do Wikilivros podem ser reproduzidos e distribuídos (comercialmente ou não). Se for utilizar o conteúdo em algum trabalho, lembre-se de dar crédito aos autores.

Wikijunior – São livros para crianças de até 12 anos que foram criados especialmente para o projeto, em modelo colaborativo. Hoje, a coleção tem 10 livros, sobre temas variados, que podem ser editados e complementados pelos membros. Alguns títulos disponíveis: Astronomia mirim, Alfabeto dos animais, Mistérios do Egito Antigo para curiosos e Matemática divertida. Todo o conteúdo é livre e pode ser distribuído e reproduzido gratuitamente.

Wikimapia – O site utiliza as imagens de satélite do Google Maps para identificar os lugares. Qualquer pessoa pode adicionar um endereço, fotos, vídeos e links a uma localização. Você pode marcar a escola onde estudou, a mercearia da esquina, a sua praia favorita.

Wikisource – Lá tem um acervo legal de documentos históricos, obras literárias e científicas (todos de domínio público).. A edição em português possui presentemente 86 351 textos.

Wikiquote – O objetivo é colecionar citações de livros, filmes, provérbios, personagens da ficção e personalidades célebres. Também traz informações sobre sua origem. É fã de alguma frase genial? Adicione lá!

Wikcionário – É um dicionário colaborativo com verbetes em diversos idiomas. Algumas versões, como inglês, francês e chinês já têm mais de 1 milhão de expressões. A página em português entrou no ar em 2004 e hoje tem mais de 160 mil verbetes. Para incluir uma nova palavra, é necessário se cadastrar.

Wikispecies – Um catálogo das espécies existentes. Nesse caso, não é aberto para o público em geral, apenas biólogos convidados podem colaborar. Mas o conteúdo é livre para utilização e reprodução, como os outros wikis. Na Wikispecies o lema é “o Wikispecies é livre, porque a vida está no domínio público”.

Wikicommons – Este é um banco livre de arquivos de imagem, video, audio e outros. Super útil na hora de ilustrar uma apresentação ou uma pesquisa.

Qwiki (em inglês) – A busca na Qwiki é bem diferente do que você está acostumado. Para começar, ela não tem um banco de dados. Ao fazer uma pesquisa, o site busca imagens e informações disponíveis livremente na internet, como fotos armazenadas no Flickr e textos da Wikipedia. Com tudo isso, ela constrói um vídeo interativo, ali, na hora, para cada assunto que você pesquisar.

14.3.11

Caetano Veloso 1968

O primeiro disco solo de Caetano Veloso é uma verdadeira obra-prima. Singular, conceitual e de ótima sonoridade. Trazendo a tropicália consigo, criou algumas de suas mais conhecidas músicas - e/ou interpretações -, como 'Tropicália', 'Alegria, Alegria', e 'Soy Loco por Tí, América'. Mas é justamente no conceito a que eu me referia que há a beleza do disco. Ouvindo-o do início ao fim parece-me evidente todo o processo criacional voltado a uma poética bastante auto-biográfica (ainda que não se possa levar isso como relatos, ao contrário), como na música 'No dia que eu vim-me embora'. Seguindo o disco vem uma belíssima ode ao Rio de Janeiro, com músicas de um olhar único sobre a cidade maravilhosa, com: 'Onde Andarás', 'Superbacana' e 'Paisagem Útil'. Difícil definir qualidades, esta tríade é maravilhosa e talvez foi o motivo inicial de uma paixão pelo Rio por muitas gerações que ouviram. Meu destaque, por afinidade, é a 'Paisagem Útil', é simplesmente maravilhoso! Apenas estando apaixonado por um lugar para se escrever assim.. Bom, deixando os devaneios de lado, ainda há a dupla 'Clarice' e 'Clara', ótimas. E meu destaque último é a 'Eles', música pouco conhecida e de letra impactante, comparável a 'Panis et Circenses', aliás.. pensando bem.. Os Mutantes estavam a tocar nesta música, e como diria o próprio Caetano: "Os Mutantes são demais!". Caetano também.


Lista de Músicas:

01. Tropicália
02. Clarice
03. No Dia em que Eu Vim-me Embora
04. Alegria, Alegria
05. Onde Andarás
06. Anunciação
07. Superbacana
08. Paisagem Útil
09. Clara
10. Soy Loco por Tí, América
11. Ave Maria
12. Eles

13.3.11

Estilo Pollock


Miltos Manetas é um designer que decidiu criar um site onde se pode pintar ao estilo de Jackson Pollock. Bem interessante, entre as várias telas, há as opções de pintar o fundo com cores diferentes, e mudar a cor da tinta ao clicar com o mouse. Clique aqui! e confira.


11.3.11

13th Floor Elevators: Levitation



Na descrição do Youtube o autor diz que fez este vídeo anos atrás e achou-o perdido num HD quebrado. Sorte nossa, pois junto com a psicodelia visual temos a música 'Levitation' do 13th Floor Elevators que veio ripada do LP "Easter Everywhere". Dica da minha amiga Poli.

10.3.11

Poesias

Pois é, inspirado em Sampaio que diz em sua música "Cada Coisa no seu Lugar": 'um livro de poesia na gaveta não adianta nada, lugar de poesia é na calçada.' decidi tornar públicas algumas de minhas poesias mais antigas. Até o momento são 28 poesias para serem lidas, comentadas, adaptadas. O mural está aberto a visitação!



Para estimular a leitura, deixarei uma poesia por aqui, e assim seguirei enquanto houver:




Esta Besta Vida



Data: 2009
Métrica: pentassílabo
Versos: 7


01. Esta besta vida
02. Tida tal mal dito
03. Fito em veia, a areia
04. O Sol no atol, perto.

05. Por certo amo-a à toa
06. Pois depois da morte
07. Sorte amar-te em Arte






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Eu Quero é Botar meu Bloco na Rua (1973) - Sérgio Sampaio


Finalizando a série 3 de 73, um disco antológico pra psicodelia brasileira: Eu Quero é Botar meu Bloco na Rua, de Sergio Sampaio.

Mas novamente o texto introdutório não será meu, mas sim de Leandro Guedes, visto no site SidneyRezende.



"Quando o cantor e compositor capixaba Sérgio Sampaio morreu, em 1994, as poucas notas divulgadas na imprensa sobre o fato passaram ao grande público a sensação de que sua obra musial se resumia ao hit "Eu quero é botar meu bloco na rua", marcha-rancho-arrasta-povo que obteve destaque no VII Festival Internacional da Canção transmitido pela "Rede Globo" em 1973. Os fãs não se conformaram com o rótulo de cantor-de-um-sucesso-só e iniciaram um trabalho de preservação e divulgação de sua memória que perdura até os dias atuais. Seus poucos discos são disputadíssimos nos sebos de todo o Brasil e tem preços elevados, tamanho o grau de raridade.
Antes de por seu bloco na rua, ele já tinha passado por um momento de notoriedade: participou do polêmico (e hoje cult) "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez", uma patuscada produzida em 1970 por seu amigo Raul Seixas na gravadora CBS. Além de Sampaio e do Maluco Beleza, também gravaram o cantor andrógino Edy Star (uma versão baiana de Ney Matogrosso) e a sambista Miriam Batucada (como o nome indica, ela era conhecida por interpretar sambas batucando com as mãos. Também faleceu em 1994). No mais, o cantor aproveitava seus trabalhos de freelancer como locutor de rádio para divulgar seus discos compactos, que tocavam muito e vendiam bem. O auge veio mesmo é com a marcha-rancho: com tom de desabafo e refrão empolgante, levantou o público presente no Maracanãzinho (Rio de Janeiro) para acompanhar o festival. Resultado: contrato com a gravadora Philips para gravar seu primeiro disco completo. O nome da obra, para atender ao apelo comercial, ficou sendo "Eu quero é botar meu bloco na rua".

A capa era uma bizarrice que só vendo: o nome do cantor escrito com uma fonte, digamos, sanguinária. Na parte de baixo, rolos de filme apresentando um Sérgio Sampaio fazendo as mais horripilantes caretas, dignas de provocar pesadelos durante o sono. Tudo isso remetia a segunda faixa do lado A, "Filme de terror", um rock bem suingado: "Hoje está passando um filme de terror / Na sessão das dez, um filme de terror / Tenho os olhos muito atentos / E os ouvidos bem abertos / Quem sair de casa agora / Deixe os filhos com os vizinhos". Aliás, é bom recordar que o ano de lançamento, 1973, foi o auge dos chamados e tenebrosos "Anos de chumbo" da Ditadura Militar. Malandramente, ele inseriu a atmosfera sombria do período em outras faixas, de forma bem gaiata: na tensa "Labirintos negros", num clima de suspense e música murchando no final ("Por trás dos edifícios / Da cidade moderna / Os labirintos negros / Prendem o que esperam / A condução, ou não / A confusão, ou não / A confusão, eu não"); na toada "Viajei de trem" ("O ar poluído polui ao lado / A cama, a dispensa e o corredor / Sentados e sérios em volta da mesa / A grande família e o dia que passou / Viajei de trem, eu viajei de trem") e na debochada "Não tenha medo, não (Rua Moreira, 65)" ("Suje os pés na lama / E venha conversar comigo / Comigo / Chore, esqueça o drama e venha aliviar / O amigo / Vem, não tenha medo / Não tenha medo, não / A barra está pesada / Vem, não tenha medo / A barra pode aliviar").

Também houve deboche em outras duas composições: "Lero e leros e boleros", na qual espinafra a nascente indústria cultural de massa ("Leros e leros / Tudo enche meus ouvidos / Por que tanta gente rindo / No filme que eu vi?") e no samba "Odete", onde desanca uma hipotética desafeta amorosa, com direito à citação de "Que maravilha", de Jorge Ben, no refrão final ("Você é mesmo carne de pescoço / Você é burra como não sei o quê / Eu rôo um osso desde um tempo antigo / Desde um tempo lindo / Ao conhecer você... Por entre bancários, automóveis / Que maravilha").

Passional, Sérgio Sampaio também fazia desabafos. Expôs seu desejo de ter uma música gravada por seu conterrâneo Roberto Carlos em "Eu sou aquele que disse", citando uma referência tropicalista (Caetano Veloso): "Cante, converse comigo / Antes que eu cresça e apareça / Mesmo eu não estando em perigo / Quero que você me aqueça / Neste inverno, ou não / Neste inferno, ou não". Com relação ao Rei, Sampaio levou a frustração para o resto da vida. Afeito às raízes familiares, parecia dialogar com o pai em "Pobre meu pai" ("Pobre meu pai / A marca no meu rosto / É do seu beijo fatal / O que eu levo no bolso / Você não sabe mais / E eu posso dormir tranqüilo / Amanhã, quem sabe?") e com a mãe em "Dona Maria de Lourdes" ("O auditório aplaudiu / Mas cuidado com a porta da frente / Dona Maria de Lourdes / Não espere por mim").

Gravou uma composição do pai (a quem se refere orgulhosamente como "maestro Raul Sampaio", uma vez que o citado era mesmo maestro de banda em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo), a hilária "Cala a boca, Zebedeu". A música é baseada na história real de um marido submisso que vivia levando esbregues da esposa dominadora e acaba sendo trocado por um jogo da Seleção Brasileira: "Que mulher danada essa que eu arranjei / Ela é uma jararaca meu Deus / Com ela eu me casei... Ontem eu falando com ela ela gritou / Cala a boca Zebedeu / Não se meta comigo / Porque na minha vida quem manda sou eu".

O resumo de tudo é que "Eu quero é botar meu bloco na rua" é um disco primoroso: arranjos caprichados com instrumentistas de primeira (o próprio Sampaio no violão, Mamão e Wilson das Neves na bateria, e José Roberto Bertrami no piano), letras simpáticas e habilidade criativa. Mas vendeu pouco. O compacto que continha a faixa-título obteve mais saída. Em seguida, a saída da Philips a fama de "maldito" começando a abreviar sua carreira: temperamento pouco flexível diante das imposições de mercado, pouca estrutura para lidar com o dinheiro, boemia em excesso, drogas, álcool e o mesmo fim do amigo Raulzito Seixas, a quem dedicou-lhe gratidão na última faixa com um sambinha bem curto: "Meu nome é Raulzito Seixas / Eu vim da Bahia / Vim modificar isso aqui / Toco samba e rock, morena / Balada e baioque". Os dois morreram da mesma doença: inflamação no pâncreas.

Ficou a lembrança de um artista talentoso e autêntico, que parecia prenunciar seu destino no refrão de "Lero e leros e boleros": "Ai, meus amigos modernos / Ai, meu sorriso de adeus / Vou me fazer de eterno / No meu encontro com Deus"."


Lista de Músicas:

01. Lero e Leros e Boleros
02. Filme de Terror
03. Cala a Boca, Zebedeu
04. Pobre meu Pai
05. Labirintos Negros
06. Eu sou aquele que disse
07. Viajei de Trem
08. Não tenha Medo, Não
09. Dona Maria de Lourdes
10. Odete
11. Eu Quero Botar meu Bloco na Rua
12. Raulzito Seixas





9.3.11

Street Art View


Eis uma ideia promissora para se fazer enquanto passeia pelo Google Street: flagrar as intervenções urbanas e adicionar no Street Art View!
Este novo projeto da Red Bull será um novo banco de dados da arte de rua, pixações e afins. Claro que como toda arte de rua está sujeita a alterações constantes, nisso reside o grande trunfo de um sistema como esse. Através da internet, os próprios internautas marcam os pontos e criam a rede.
Atingindo cidades do mundo todo, no Brasil resume-se por enquanto a SP, RJ e BH, cidades que possuem o Google Street.


Clique aqui! e conheça.



Comparativo Galático

Após ver este vídeo, ripado de um programa da Discovery, sabia que tinha que posta-lo aqui. Se comparações de tamanho no Universo normalmente surpreendem, esta não foge à regra: a Via Láctea é pequena se comparada a tantas outras. E mesmo assim, tudo o que conhecemos ainda não saiu do Sistema Solar, minúscula parte da galáxia. Vi aqui.




8.3.11

Um Passo a Frente (1973) - A Bolha


Voltando as atividades com o 3 por 73, agora com Um Passo a Frente, disco da banda A Bolha. Mas sem delongas porque o texto não é meu. Como conheci o disco no excelente blog Br Nuggets, copio aqui o texto do blog, que por acaso retirou do site Senhor F.

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Nascida no Rio de Janeiro, The Bubbles - formada por Cesar (solo), Renato (ritmo), Ricardão (baixo), logo substituído por Lincoln, e Ricardo (bateria) - é uma das maiores legendas da história do rock brasileiro. Desde o início da carreira, em meados dos anos sessenta, a banda passou por todas as fases do rock daquela época, da invasão britânica ao hard rock, passando pela psicodelia e pelo semi-progressivo. Em 1966, lançaram o raríssimo compacto com as faixas ‘Não Vou Cortar o Cabelo/Porque Sou Tão Feio’, versões para Los Shakers (Break it All) e The Rolling Stones (Get Out Of My Cloud), respectivamente.

Após participar de shows e programas de TV - abriram para os Herman’s Hermits, no Rio de Janeiro - e, principalmente, de reinar (ao lado dos Analfabitles) no tradicional circuito de show/bailes na periferia do Rio de Janeiro, acompanharam Gal Costa como banda de apoio. Em 1970, foram assistir ao Festival da Ilha de Wight, ficando impressionados com o que viram. De volta ao Brasil, resolveram mudar radicalmente a sonoridade da banda, resultando no clássico compacto simples com as faixas ‘Sem Nada/18:30 (Parte I)’ e ‘Os Hemadecons Cantavam em Coro Chôôôôôôô’, lançado em 1971. Nesse meio tempo, a banda ainda participou do histórico álbum ‘Vida e Obra de Johnny McCartney’, com o cantor da Jovem Guarda, Leno (ex-Leno & Lílian), produzido por Raul Seixas.

Em 1972, ganham o prêmio de melhor banda no Festival Internacional da Canção (FIC), o que garante melhores condições para gravar o primeiro LP, batizado de ‘Um Passo à Frente’ (já reeditado em CD), trazendo um rock básico, com algumas faixas numa linha bem progressiva, que saiu em 1973. Nesta época, a banda contava com Pedro Lima (guitarras, harmônicos, vocal), Renato Ladeira (órgão Hammond, Farfisa, Vox, guitarras, vocal), Lincoln Bittencourt (baixo, vocal) e Gustavo Schroeter (bateria, vocal). Em 1975, participam do lendário festival ‘Banana Progressiva’, realizado no Teatro da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, entre os dias 29 de maio e 1º de junho.

Em 1977, após alguns altos e baixos e mudanças de formação, gravam seu segundo e último disco - ‘É Proibido Fumar’, em que adotam uma sonoridade um pouco mais ‘pesada’, abandonando definitivamente o progressivo. Mas as vendas não foram muito boas, decretando o fim da banda, que ainda tocou como banda de apoio de Erasmo Carlos, em uma turnê pelo Brasil. Renato também integrou o grupo gaúcho Bixo da Seda (ex-Liverpool), e depois o Herva Doce, já nos anos 80.

Texto de Fernando Rosa, publicado no site Senhor F.


Lista de Músicas:

01. Um Passo a Frente
02. A Esfera
03. Epitáfio
04. Bye My Friend
05. Tempos Constantes
06. Neste Rock Forever
07. Razão de Existir
08. 18.30 - Parte 1
09. Os Hemadecons Cantavam Em Coro