19.10.08

Entrevista com Henry Miller

Entrevista concedida a George Wickes para a Paris Review, 1961.

Henry Miller foi um dos melhores escritores estado-unidenses. Abordava o tema do sexo e do erotismo como ninguem, destacando-se com seus livros Tropico de Cancer, e Tropico de Capricornio.

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15.10.08

Estação de Rádio FOLK.

Site: www.folkalley.com/

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10.10.08

Dicionário de Filosofia - ARTE

Inauguro com esta postagem, o marcador "Dicionário de Filosofia", pois possuo o mesmo em matéria e noto a carência de definições filosóficas completas para certas palavras incomuns. Ganhei-o de um Padre, o qual gosto muito por ser também um amigo conselheiro e muito bom companheiro para longas conversas. Espero que sejam bem aproveitas as palavras que eu postar, porque ele tem 978 páginas, muitas e muitas palavras ausentes de dicionários comuns, e algumas delas possuem páginas e mais páginas. Ok, fico por aqui, lembrando que selecionarei só as palavras mais "influentes" para atingir o conhecimento e os verdadeiros objetivos sociais da filosofia.

ARTE (lat. Ars; ing. Art; franc. Art; al. Kunst). No seu significado mais geral, todo conjunto de regras capazes de dirigir uma arividade humana qualquer. Nesse sentido falava da A. Platão que por isso não estabeleceu uma distinção entre A. e ciência. A. para Platão é a do raciocínio (Fed., 90b) como a própria filosofia no seu grau mais alto, isto é, a dialética(Fedro, 266d); arte é a poesia, embora a esta seja indispensável uma inspiração delirante (Ibid., 245a); A. são a política e a guerra(Prot., 322); A. é a medicina e A. são respeito e justiça sem os quais os homens não podem viver juntos nas cidades (Ibid., 322c,d). O domínio global do conhecimento é dividio em duas A., a judicativa e a dispositiva ou imperativa das quais a primeira consiste simplesmente no conhecer, a segunda no dirigir, com base no conhecimento, uma determinada atividade(Pol.,260 a,b; 292c). Dêsse modo, a A. compreende para Platão todas as atividades humanas ordenadas(inclusive a ciência) e se distingue, no seu complexo, da natureza (Rep., 381a). - Aristóteles restringiu notavelmente o conceito da arte. Em primeiro lugar êle subtrai o âmbito da A. a esfera da ciência, que é a do necessário, isto é, do que não pode ser diferente do que é. Em segundo lugar ele divide o que cai fora da ciência, isto é, o possível(que "pode ser de um modo ou de outro")no que pertence à ação e no que pertence à produção. Somente o possível, objecto de produção é objecto de arte. Nesse sentido, diz-se que a Arquitectura é uma A.; e a A. se define como o hábito, acompanhado da razão, de produzir alguma coisa(Et. Nic., VI, 3-4). O âmbito da A. vem assim a restringir-se muito. Aão A. a retórica e a poética, mas não é A. a analítica ou lógica cujo objeto é necessário. São A. as manuais ou mecânicas, como é A. a medicina; ao passo que não é A. a física ou a matemática. Esse é, pelo menos, o ponto de vista do Aristóteles maduro; já que as páginas com que se abre a Metafísica parecem estabelecer uma distinção puramente de grau entre a A. ou a ciência, colocando a A. como intermediária entre a experiência e a ciência. Mesmo aquelas páginas concluem, porém, com a afirmação de que a sabedoria é antes conhecimento teorético do que A. produtiva (Met., I 1,982 a 1 e segs). Essa distinção aristotélica, não foi, porém, herdada no seu rigor pelo mundo antigo e medieval. Os Estóicos, estenderam de nôvo a noção de A., afirmando que "a A. é um conjunto de compreensões", entendendo por compreensão o assentimento ou uma representação compreensiva; essa definição não permite, com efeito, distinguir a A. da ciência. E Plotino, que, por sua vez, faz tal distinção porque quer conservar para a ciência o caráter contemplativo, distingue as A. de acordo com sua relação com a natureza. Distingue, portanto, a arquitetura e as A. análogas, que tem o seu termo na fabricação de um objeto, das A. que se limitam a ajudar a natureza, como a medicina e a agricultura e das A. práticas, como a retórica e a música, que tendem a agir sobre os homens, tornando-os melhores ou piores. A partir do séc I chamaram-se "A. liberais" (isto é, dignas de homem livre) em contraste com as A. manuais, nove disciplinas, algumas das quais Aristóteles teria chamado de ciências e nõa artes. Essas disciplinas foram enumeradas por Varrão: gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia, música, arquitetura e medicina. Mais tarde, no séc. V, Marciano Capela nas Núpcias de Mercúrio e da Filologia reduzia a sete as A. liberais(gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música), eliminando as que lhe pareciam não necessárias a um ser puramente espiritual (que não tem corpo), isto é, a arquitetura e a medicina, e estabelecendo assim o curriculum de estudos que deveria permanecer inalterado por muitos séculos.(vide CULTURA). S. Tomás estabelecia a distinção de que as primeiras se dirigem ao trabalho da razão, as segundas "aos trabalhos exercidos com o corpo, que são de certo modo servis, enquanto o corpo está submetido servilmente à alma e o homem é livre segundo a alma(S. Th., II, 1. q.57, a 3, ad 3). A palavra A. permaneceu, contudo, para desinar por longo tempo não só as A. liberais mas também as A. mecânicas, isto é, os ofícios; como ocorre ainda hoje que entendamos por A. ou artífice um ofício ou quem o pratica. Kant resumiu as características tradicionais do conceito ao distinguir a A. da natureza de um lado, e da ciência do outro; e distinguiu, na própria A., a A. mecânica e a A. estética.
Sobre esse ultimo ponto, diz: "Quando a A., conforme o conhecimento de um objeto possível cumpre somente as operações necessárias para realizá-lo ela é A. Mecânica; se, porém, tem por fim imediato o sentimento do prazer, é A. estética. Essa é A. agradável ou A. bela. É agradável quando a sua finalidade é fazer com que o prazer se acompanhe das representações enquanto simples sensações; é bela quando o seu fim é de unir o prazer às representações como formas de conhecimento" (Crít. do Juízo, § 44). Em outros termos, a A. bela é uma espécie de representação que tem o fim em si mesma e dá portanto prazer desinteressado, ao passo que as A. agradáveis visam somente o gozo.
Embora ainda hoje a palavra A. designe todo tipo de atividade ordenada, o uso culto tende a privilegiar o seu significado de A. bela. Nós dispomos, de fato, de uma palavra para indicar o processo ordenado(isto é, segundo regras) de qualquer atividade humana: a palavra técnica. A técnica no seu significado mais amplo designa todos os processos normativos que regulam os comportamentos em todos os campos. Técnica é por isso a palavra que continua o significado primeiro(isto é, platônico) do termo arte. Por outro lado, os problemas relativos às belas A. e a seu objeto específico caem hoje no domínio da estética.

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