28.2.08

William S. Burroughs - O Fora-da-Lei da Literatura + Expresso Nova



William Burroughs, o fora-da-lei da literatura


William S. Burroughs, que faleceu no início de agosto de 97 em Lawrence, Kansas, aos 83 anos, foi o grande fora-da-lei da literatura contemporânea. Pela importância e radicalidade, sua obra pode ser colocada ao lado da de escritores como John Barth, Samuel Beckett, Henry Miller, Céline, Doctorow e Thomas Pynchon. Norman Mailer o considerava um gênio. John Updike, "um escritor incorruptível". Já seu companheiro de geração Beat, Jack Kerouac, afirmava que Burroughs era o maior escritor satírico desde Jonathan Swift. A opinião de Kerouac parece indicar o ponto de vista adequado para entendermos sua obra. O próprio escritor relativizava com humor sua fama literária: anos atrás, perguntado sobre como se sentia ao ter sido condecorado com a Comenda das Artes e Letras do governo francês, comentou: "E daí? Jerry Lewis também foi".

Neto do inventor do mecanismo da máquina de calcular, Burroughs levou ao limite o dito de que não há literatura experimental sem vida experimental. Conheceu o submundo das drogas, escreveu livros "ilegíveis", foi exterminador de ratos, detetive particular, viveu no México, Marrocos, Paris, Londres. Foi guru dos hippies, punks e agora, dos surfistas internéticos.

William Burrougs & Jack Kerouac


O estereótipo do drogado-beat-homossexual e sua biografia tumultuada, no entanto, obscureceram uma leitura mais precisa de Burroughs enquanto escritor. Não era exatamente como "junkie writer" ou anti-humanista que ele queria ser lembrado: "Desde o começo eu tenho me preocupado, enquanto escritor, com o vício em si (seja a drogas, sexo, dinheiro, ou poder) como um modelo de controle, e com a decadência máxima potencialidades biólogicas da humanidade, pervertida pela estupidez e malícia desumanas". Se, como escreveu Michel Serres, a chave da modernidade está na relação parasítica, a obra de Burroughs chega a ser didática. Em sua narrativa grotesca, escatológica, distópica, o parasita se torna uma metáfora para todas as relações de poder.

"A linguagem é um vírus". Nesta frase-chave e em toda sua obra, Burroughs sintetiza nossa condição, de explosão virótica e paranóias extraterrestres, de internets, massificação pela propaganda, clonagens e de bombardeio diário de informações pela mídia. Se o vício aparece como metáfora "nua e crua" para os males da sociedade de consumo, é com a do vírus que Burroughs descortina nossa agoridade espetacular. O problema é que para Burroughs não há cura para este vírus: trata-se da própria consciência humana, programada para funcionar como um mecanismo virótico. Ao se reproduzir em cópias de si mesma, inoculando comandos contraditórios, o parasita age naquilo que é a diferença do ser humano dos outros animais: a linguagem.

O papel do escritor, como um sintomatologista, passa a ser o de expor os seus modos de funcionamento. "Um médico não é criticado por descrever as manifestações e sintomas de uma doença, mesmo que elas sejam repugnantes. Acho que o escritor deve ter a mesma liberdade", escreveu. Sua obra, muito antes da voga da "desconstrução", já fazia uma análise demolidora dos dualismos básicos da nossa cultura, de nossa tendência em pensar em termos de oposições binárias como mente/corpo, homem/mulher, certo/errado, natureza/cultura, realidade/ficção, eu/outro. Burroughs foi um crítico ferrenho do senso-comum, que ele via como uma das drogas mais perigosas, um modo "viciado" e limitado de ver. "A lógica aristotélica é um dos grandes erros do pensamento ocidental. Existem certas fórmulas, palavras-chaves, que podem trancafiar uma civilização durante séculos". Trinta e dois anos após a publicação polêmica de "Naked Lunch" (Almoço Nu) talvez seja hora reler a descrição nua e crua que Burroughs faz: o que parece estranho pode nos surpreender. A ficção, para ele, tinha o péssimo hábito de virar realidade.



NARRATIVA "ZAPPING"

No início dos anos 60, principalmente na chamada trilogia "cut-up", muito antes da teoria contemporânea discutir o fenômeno da "intertextualidade", Burroughs incorporou o conceito de colagem cubista e procedimentos do Dadaísmo para a narrativa. Apontava, assim, para a característica intertextual não só da literatura mas também de nossa época. O uso de "cut-ups", mais intensamente praticados em livros como "O Ticket Que Explodiu", "Expresso Nova" e "A Máquina Macia", questionava radicalmente o conceito de autoria. O resultado, se usado com moderação, como aconselhava, era um método de escrita hipertextual, que poderia inclusive contar com a ativa colaboração do leitor. (Para os que quiserem experimentar, há na Internet um site com uma Máquina Cut-Up programada para editar ao acaso textos inseridos pelo usuário com fragmentos da obra de Burroughs).

Com o cut-up, a idéia de um texto interativo e de uma escrita "eletrônica", que se faz de súbitos links, já estava lançada. Na época, o método de Burroughs era bastante "primitivo": munido de gravadores e uma tesoura, Burroughs cortava tiras de textos das fontes mais variadas — trechos da Bíblia, jornais, Shakespeare e os diálogos de um filme-B, por exemplo. Depois, justapunha-os com textos seus e reescrevia o resultado. O efeito, como demonstra em sua trilogia e em "A Terceira Mente", é uma espécie de "zapping" narrativo. A descontinuidade provocada pelo vírus tornava o texto uma zona de turbulência, ou simulava efeitos de simultaneidade, como se estivéssemos vendo vários canais ao mesmo tempo. Burroughs criava, assim, o Frankenstein da literatura contemporânea: A Máquina Cut-Up.

Mesmo tendo abandonado progressivamente este método de escrita a partir dos anos 70, Burroughs acreditava que os efeitos textuais provocados pelo cut-up estavam muito mais próximos do funcionamento real de nossas percepções do que a narrativa linear, sequencial. Recebemos mais informações subliminares do que nossas consciências registram. Para indicar seu ponto de vista, dava um exemplo muito próximo de nós: a TV.

Em tempos de tecnologias e hipertextualidades, Burroughs era otimista em relação ao futuro do livro: "Acho que as pessoas nunca vão abandonar totalmente a leitura. Nada substituirá a literatura: nem o vídeo, nem o cinema. Por outro lado, a fórmula novelística está ultrapassada, e se não houver coisas interessantes nessa área, as pessoas estarão cada vez mais lendo só livros e revistas ilustradas, histórias em quadrinhos. Há coisas que você não consegue numa tela ou num filme. Já com um livro as pessoas podem sentar-se em qualquer lugar e é como se um filme estivesse passando em suas cabeças".


ESTÚDIO REALIDADE

De "Almoço Nu" ao mais recente "Minha Educação: Um Livro de Sonhos" (1995), Burroughs nunca abandonou seu projeto literário e político de questionar a estrutura da realidade. Sua obra seria melhor lida no contexto da "Nova Mitologia" que dizia estar criando para nossa época.

Em seu universo mágico e perigoso, o escritor descrevia a presença de estruturas arcaicas em eterno conflito. A realidade humana, no grande circo burroughsiano, nada mais é que "um universo pré-filmado e pré-gravado". Na sua ficção, vive-se numa grande Interzone infestada de piratas homossexuais, políticos mafiosos, serial killers, burocratas viciados, seitas fanáticas, cyborgs e alienígenas. Nesta cidade-mundo, "nada é verdadeiro, tudo é permitido". A própria História é um velho filme que é rebobinado toda vez que chega ao fim, e que pode ser alterada apenas através de uma radical "Operação Reescrita". A única saída para o escritor é expor o funcionamento dos sistemas de controle e ao mesmo tempo tentar miná-los viroticamente.

Neste cenário pessimista, o corpo humano nada mais é que uma "máquina macia" programada para satisfazer as necessidades absolutas de seus controladores: a Nova Gangue, um grupo paramilitar intergalático que domina a humanidade através da manipulação da imagem e da palavra. Sua tarefa, na ficção anarquista de Burroughs, é agravar os conflitos humanos colocando num mesmo planeta formas de vida irreconciliáveis. Para o autor, uma nova mitologia, nos termos que propõe, só seria possível na era espacial, "onde teremos novamente heróis e vilões quanto às suas intenções para com este planeta".

Pelos labirintos da grande "zona" textual de seus romances, circulam personagens que parecem saídos da realidade, como Dr. Benway, inescrupuloso médico cujo maior feito foi ter retirado o apêndice de um paciente com uma lata de sardinha enferrujada. Há também Mr. Bradley Mr. Martin, "um Deus que fracassou, um Deus do Conflito, o inventor da cruz dupla, dos dualismos". Existem os Mugwumps, répteis alienígenas que sugam humanos (chupa-cabras?) e garotos "heavy metal" (termo extraído de sua obra). E, claro, há o Estúdio Realidade, onde imagens e representações do mundo "ao vivo" estão a todo instante sendo editadas e manipuladas. A tarefa da Polícia Nova, liderada pelo Inspetor Lee, é expulsar os invasores e liberar o planeta. Profeticamente, em "Naked Lunch", de 1959, Burroughs apresentava um vírus letal e misterioso (também chamado de B-23 ou "vírus do amor"), e que teria surgido na África, atacando principalmente homossexuais.

A obra de Burroughs — que engloba intervenções em áreas diversas — pode ser entendida como uma grande teia onde se entrecruzam disciplinas como filosofia, antropologia, psicanálise, política, pintura, cinema e cultura pop. Por isso, ela acabou contaminando personalidades de diversas áreas, como David Cronenberg, Robert Wilson, e artistas como Brian Eno, Lou Reed, Tom Waits, David Bowie, Patti Smith e Laurie Anderson.


David Bowie & William Burroughs

A produção literária de Burroughs também fez a cabeça de jovens escritores como Kathy Acker, escritores "cyberpunk" (William Gibson, Bruce Stirling e Clive Barker), repercutindo até nas obras de filósofos como Deleuze e Guatari. No Brasil, possíveis semelhanças com a escrita burroughsiana se encontram em "Panamérica", de José Agrippino e "Catatau", de Paulo Leminski. O escritor trafegou pelos mais variados gêneros, sempre com intenções paródicas: do diário de viagem às histórias policiais, do western a ficção-científica. Entre seus escritores preferidos estavam Rimbaud, Kafka, Conrad, Dostoievsky, Denton Welch, T.S. Eliot, e Beckett.

Burroughs contextualizava sua obra à luz da tradição picaresca, cujos antecedentes mais antigos são o "Satyricom", de Petrônio, e "The Unfortunate Traveller", de Tomas Nashe: a narração de uma série de aventuras e de "acidentes de percurso", alguns horríveis, outros cômicos, vividos por um anti-herói. De fato, os livros mais importantes de Burroughs foram escritos neste estilo. Não há também como deixar de apontar pontos de contato entre seu universo narrativo com os de George Orwell, Franz Kafka e Aldous Huxley.

Nos últimos anos, Burroughs estava escrevendo cada vez menos e aproveitando cada vez mais seus últimos momentos. Ou seja, pintando, cuidando dos gatos, recebendo amigos e praticando tiro. Chegou a fazer experiências interessantes como a ópera "The Black Rider" (O Cavaleiro Negro, em parceria com Robert Wilson e Tom Waits) e lançou álbuns de "spoken word" como o excelente "Dead City Radio" (Rádio Cidade Morta), que retoma a forma da novela radiofônica. Encarado como uma espécie de dinossauro da contracultura, passou a ser cada vez mais assediado em seu exílio no Kansas, como remanescente de uma época turbulenta. Não à toa, escolheu para morar um lugar que é conhecido como "Alameda Tornado" (título de outro livro seu), e onde depois seria filmado o filme "The Day After". Sobreviveu a Kurt Cobain, com quem fez parceria, e fez pontas em filmes como "Drugstore Cowboy" e "Twister".

O fato é que, aos 83 anos, depois de tudo o que aprontou, era chegada a hora do Agente Lee fazer suas malas. Como nas palavras de um personagem de "The Western Lands", um de seus últimos livros: "O velho escritor não podia mais escrever por ter atingido o limite do que poderia ser feito com as palavras". Burroughs se preparou durante toda sua vida para a última viagem às Terras do Oeste, o paraíso dos egípcios, e que só é atingido por uma estrada perigosa. Burroughs chegou lá.

"Kim nunca havia duvidado da existência de deuses ou da possibilidade de vida após a morte. Ele considerava a imortalidade como o único objetivo que valia a pena. Ele sabia que ela não é algo que você atinge automaticamente por acreditar em algum dogma arbitrário como Cristianismo ou Islã. É algo que você tem que trabalhar e batalhar, como tudo mais nessa vida ou na outra".

("The Western Lands")


RODRIGO GARCIA LOPES in Revista Cult, SP, n. 3, 1997, pp-20-22

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Post Scriptum: Dos escritores beats William Burroughs ainda não assumiu seu lugar de destaque nas minhas preferências - talvez porque eu não li ainda 'Almoço Nu'. Prefiro Ginsberg, Fante, Keruoac; mas Burroughs certamente é diferente.
Vale muito a pena ler, portanto trago além do excelente texto, um livro de autoria dele: Expresso Nova (1964).

Para fazer o download do ebook 'Expresso Nova' clique aqui! ou nas imagens de Burroughs pelo texto ^^


Jogo - Quão bem você conhece seu mundo?

Joguinho online interessante demais, sobre a localização de pontos do nosso mundo. O jogo consiste em dizer um ponto da planeta - seja ponto turístico, capital, cidade, etc - e você deve encontrar tal ponto, num misto de sorte e conhecimento geográfico. Muito bom para testar como anda sua noção de mapas e de países. De 12 níveis, eu cheguei ao 8, e ainda acho que fui muito bem! Jogo difícil para quem costumava pegar exame em Geografia :p (eu nunca peguei :D)
Clique aqui! ou no slogan do jogo acima.

Como Usar Banheiro na Índia;

Um pequeno 'guia' de como utilizar o banheiro num estabelecimento indiano. As fotos foram tiradas porque tal sanitário não é nem um pouco comum no Ocidente. Mas vale lembrar que a China, que está sendo apontada como possível potência mundial, só há pouco vem utilizando vasos sanitários.
Para ver que o saneamento básico ainda tem muito o que melhorar ao redor do mundo.
Apesar de que, você, indiano, morando num país que respira religião - hinduísmo; eu acho que eu não me importaria. Mas que é engraçado, é!
Clique aqui! ou no 'folder' de como usar o banheiro.

Robert Bansky - Graffiti

Seria Caronte no Letes?

Robert Bansky é considerado o maior 'grafiteiro' de todos os tempos. Suas obras são apreciadas em diversos países e já é reconhecido artisticamente.
Sua criatividade e inovação no graffiti fez dele um ícone, tirando graça até mesmo das leis anti-grafiteiros que existem em cidades como Londres.

Mais obras dele aqui! ou na imagem grafitada de Caronte no Letes!

27.2.08

Vogais - Arthur Rimbaud

Vogais

A negro, E branco, I vermelho, U verde, O azul; vogais
Direi algum dia de vossos nascimentos ocultos
A, negro espartilho peludo das moscas tumultos
Rondando fedores cruéis demais,

Golfos de sombra; E, candura de vapor e de tenda,
Lanças de geleiras altivas, reis brancos, tremos de umbelas
I, púrpuras, sangue cuspido, riso dos lábios belos
Na cólera ou na embriaguez oferenda;

U, ciclos, vibrações divinas do verde mar,
Paz dos pastos semeados de animais, paz das rugas
Que a alquimia imprime na fronte a estudar;

O supremo clarim pleno de estranhos agudos
Silêncios cruzados por anjos e mundos:
- Ô, o ômega, raio violeta de Seus Olhos!


Post Scriptum: Belo poema de Rimbaud - o maior poeta. Lembrei-me dele por causa da última postagem, sobre a cor do som. Continuando na sinestesia, o simbolista dá co-relação entre vogais e cores. Fantástico, assim como a Nebulosa do Anel, a M57 ao lado.

Sound of Color

Qual é o som da cor (sound of color) ?
A sinestesia apresentada aqui foi perguntada a 5 músicos - Dntel, Marié Digby, Swizz Beatz, The Blakes, The Raveonettes - que escolheram cada qual uma cor, e criaram uma música correspondente.

O Som da Cor você ouve aqui! ou no B & W do Raveonettes :D

13 Dias de Dor;

Nosso Barco Bêbado passou 13 dias de dor. As postagens deixamos de lado em meio à turbulência de um bravio mar! Mas após o mar das tormentas, há a Boa Esperança! E voltamos novamente, aportando aqui para convidar mais navegantes noturnos!
Pedimos desculpas ao incoveniente, mas agradecemos às 20 mil visitas :)
E já dizemos à Posêidon, que 13 não é nosso número de azar. Acredito estar na pasárgada, então estou.
As postagens virão, acalmem-se!

14.2.08

A Pior e a Melhor Cena de Luta já Feita.

A pior cena de luta corresponde a um pedaço do seriado Star Trek, em que o Capitão Kirk luta com um 'monstro lagarto', ou seja lá o que for aquilo. É realmente engraçado de tão ruim que é a cena. Defeitos especiais puros! Agora, claro, é bem questionável o título de pior cena de luta já feita.

A melhor cena de luta corresponde a um pedaço do filme Wheels on Meals, onde Jackie Chan luta com o seis vezes campeão mundial de kickboxing Benny "The Jet" Urquidez. Realmente impressionante, mas claro, questionável também.

Em todos os casos, são duas cenas interessantes :D

Apostila de Cinema da Graduação da UFSC

Apostila do curso de Graduação em Cinema da UFSC. Apesar de recente, hoje o curso é um dos mais disputados na Federal catarinense, prova de como apesar da precariedade do cinema nacional, a população se interessa muito sim. Depois do post sobre o Guia da Produção do Cinema Digital, vem esta apostila que dá o básico do que é o cinema analógico. Fala das câmeras, do foco, da luz, refletores, microfones, etc. Tudo como no cinema clássico. É maravilhoso!

Clique aqui ou na plaqueta clichê.

Muitas, digo, muitas tirinhas de Angeli

Este, não é de tirinhas diárias, como a do Laerte, mas possui dezenas de tirinhas do Angeli, outro cartunista brasileiro ótimo. A quantidade de tirinhas é enorme, e de vez em quando é atualizada. Eu curti muito, pois sou fã de cartoon. Tenho certeza que todos gostarão.

Clique aqui ou na tirinha safada de Angeli.

Laerte - Tirinhas diárias da Folha de São Paulo

Laerte é um famoso cartunista brasileiro. Publica diariamente na Folha de São Paulo, assim como tantos outros jornais. Mas, alguém decidiu pegar as tirinhas de todo dia, e postar num site que contém as últimas 50 tiras do cartunista! (Isso por motivos de tráfego intenso, segundo o site!). Ou seja, a tirinha que está ilustrando este post é a tirinha de hoje, 14/02/08, na Folha! Quer coisa melhor? :D

Clique aqui ou na tirinha de hoje do Laerte.

Planet Simulation

Programa que simula a translação planetária. Apesar de poder ser usada seriamente para estudos, pode ser usada para brincar! E é realmente divertido! Pode-se criar estrelas e planetas e ver a interação deles na velocidade que desejar até que tudo entre em harmonia, ou se exploda como fogos de artifício! Mas aconselho ler o 'How to Play', que explica o que cada coisa faz, senão vc não mexe! :D

Para (des) entender a Greve dos Roteiristas

Eu sei, não comentei nada até o momento sobre a Greve dos Roteiristas, que paralisou as séries milionárias norte-americanas, assim como filmes e etc. Não comentei, porque não me interessei de fato. Mas assumo que não tinha entendido bem - não procurei nada a respeito, mas não tinha entendido. Achei o texto que passo a vocês muito bom, para entender e refletir. Mas assim como Woody Allen, me calo, e apóio os roteiristas, só isso.

Clique aqui!

Biografia de alguns Pensadores

Eis que ao procurar sobre Paulo Leminski, achei um site deveras interessante. Na verdade é uma seção dele, chamado 'Os Pensadores', o qual possui a biografia de alguns pensadores, assim como citações destes. Claro, com um pouco de vontade poderia-se conseguir isso facilmente, mas como há muitos que nem conhecem estes pensadores, e também pela facilidade de acesso, espero que alguns se interessem por estes gênios através deste site. É realmente o que espero, e por gostar realmente dos pensamentos de 'vôo' de Gibran, eis a foto dele ao lado.

Clique aqui ou no Gibran pensativo.

Discografia Arnaldo Baptista (solo & Patrulha do Espaço) - Download

Arnaldo Baptista é um gênio dos teclados, da composição, da música! O 'líder' d'Os Mutantes saiu-se extremamente bem quando solo, ou com a banda Patrulha do Espaço, a qual deve muito - quase tudo - a ele. Sou fã incondicional de Arnaldo, ainda mais depois do show dos Mutantes que eu fui em Curitiba. Baixem todos estes! Por recomendação minha, e para que tais links não se expirem!

Clique no nome do álbum para download. (Clique com o botão direito e em nova aba/página).


1974 Loki?
1977 Elo Perdido (& Patrulha do Espaço)
1977 Vice-Versa Studio (& Patrulha do Espaço)
1978 Faremos uma Noitada Excelente (& Patrulha do Espaço)
1979 Arnaldo Ao Vivo no Tuca
1979 Shinin’ Alone
1982 Singin’ Alone
1986 Disco Voador (Somente para Fãs)
1989 Sanguinho Novo (Vários Artistas tributo)
1999 Onde é que Está meu Rock’n’Roll (Vários Artistas tributo gravado com bandas de Brasília)
2004 Let it Bed
Arnaldo Extras, incluindo:
*1978 - Walter Franco, Arnaldo Baptista e Sergio Dias - Lindo blue
*1982 - Guilherme Arantes e Arnaldo Baptista - Coração paulista
*2006 Arnaldo Baptista, Charles Gavin e Andreas Kisser - Give peace a chance
*2006 Arnaldo Baptista e Cibo Mato - Give peace a chance (Remix)
2005 Arnaldo Ao Vivo em Porto Alegre

100 Jogos no Nintendo 8 Bits para jogar online!

Esta é para os nostálgicos! O site Nintendo8 possui centenas de jogos do antigo Nintendo de 8 Bits, um dos primeiros da série Nintendo. Os jogos são para jogar online, mas são clássicos, apesar da falta de gráficos, etc etc etc. É para quem realmente sente saudade do seu velho video-game que nem existe mais!

Clique aqui para jogar os 100 mais acessados!

Vídeo - 40 anos de Tropicalismo

Não é recente este vídeo, esteve no ar pelo Bom Dia Brasil em 26/12/07, mas fala bastante sobre o que foi o Tropicalismo - ou Tropicália. Movimento artístico, principalmente musical que mudou um pouco a história do Brasil e criou ícones como Caetano Veloso e o então ministro da Cultura Gilberto Gil. Para muitos, a Tropicália surgiu durante o Festival em que Caetano canta 'É Proibido Proibir!', para outros é no lançamento em 1968 do disco 'Tropicália ou Panis et Circenses', por Caê, Gil, Mutantes, Gal, Tom Zé, Nara Leão, Duprat etc.
Seja como for, o Tropicalismo, movimento tão importante da história nacional, está ou já fez 40 anos, e é um motivo para se comemorar.

Assista aqui a reportagem do Bom Dia Brasil sobre os 40 anos do Tropicalismo!

7.2.08

Elvis Presley - Bridge over troubled water

Por falar em Elvis...

Johnny Cash, imitando Elvis!

Até que ele tinha senso de humor! hahahahaha

The Beatles Lyrics

Todas as letras dos Beatles AQUI!

Gírias Hippies do Brasil

As gírias hippies surgiram no Brasil principalmente nos anos 70 e 80 e se tornaram tendência entre os jovens e atualmente são usadas com menos freqüencia.

Arquibaldo - Torcedor de arquibancada
Barra - Difícil
Bicho - Amigo
Bicho Grilo - Alguem Mal vestido; hippie
Bichogrilês - Idioma dos Hippies
Biônico - Político nomeado pelo governo
Bode - Confusão
Capanga - Bolsa
Chacrinha - Conversa sem objetivos
Dar o cano - quebrar compromissos
Eutôquetôquenemtôdetantoquetô - Eu Estou bem
Fazer a cabeça - Conquistar
Geraldino - Torcedor de geral
Goiaba - Bobo
Jóia - Tudo bem
Podes crer - Acredite; concordo
Repeteco - Repetição

Fonte: Wikipedia(preguiça)

2.2.08

Nota de Desculpa.

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Venho através deste post pedir desculpas a todos que acessam o Blog O Barco Bêbado. O motivo é claro, a falta recente de posts e uma de antecedência por eu não estar aqui no feriado, e não postar durante esses dias também.
Como tudo no Brasil, o ritmo normal começa depois do Carnaval...
Mas não se preocupem, tenho no mínimo 20 posts a fazer! Que não faço por falta de tempo mesmo (e paixões, ostracismo, falta de organização, preguiça, e outros males mundanos...).
Agradeço a compreensão de vocês - e até mesmo a falta dela :P -, podem me xingar à la volonté, mas infelizmente é o que acontecerá.
Mas aguardem pois 2008 promete ser um ano fantástico. Recebi boas notícias quanto a edição de filmes com o Angelo, meu livro não ganha em volume mas alcança o céu em idéias, e o blog promete ser um grande sucesso daqui pouco tempo.

Como presente, o que alguns vão crer que é lixo, deixo uma poesia - a única disponível para qualquer um ler no Orkut por exemplo - que é talvez a minha favorita, mas não que seja a melhor.


ALLEGRO MA NON TROPPO - hendecassílabo simples

Emparceirado de minha enorme sorte
Com quem a morte já teve vários casos
Vejo trôpego adiante um precipício
Fatigado precipício sem-fim olha
Para mim e vê o fardo cujo mal sou
Deveras o sem-fim dá o ar de imensidão
Reclino meu tronco, vejo ao fundo o chão
Petrificado parece-me tão eterno
Tão intenso! Tão calado, mais do que eu próprio
Penso e refaço nesta terra que há ópio
Desisto da dialética e retórica
Qualquer coisa que me fuja o pensamento
E há quem precise de métrica quando
Lê-se com tempo literatura védica!
No fundo há pedras, doutro lado há Glória
Transformo-me em Héracles da via-sacra
Ou quem sabe virar um louco sem mácula?
Já o tempo... sempre será de quem tem asas
E assume sem medos o risco da queda
E da serena morte no precipício
Ou da Glória alcançada nem sempre incerta
Do vôo que o diminui à vista terrena
Como já nos dissera muito antes Nietzsche
Que desapareceu ao alto antes que tu visses.

fábio bocanegra. copyright! copie certo, dê os créditos!


Abraços com cheiro de Sol caros navegantes noturnos d' O Barco Bêbado!

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Post Scriptum: Penso em colocar comentários neste blog, nunca achei muito interessante pois postagens sem comentários parecem-me tão solitárias, mas devido ao fato de alguns pedidos talvez eles sejam liberados aqui. Quem apoiar a idéia ou recusá-la, mande e-mail que retornarei o quanto antes!