31.10.09

CENA - Centro de Análise do Cinema e do Audiovisual

O CENA é pouco conhecido mas muito importante. Portanto o post dedicado a ele. Com muito contéudo, banco de dados, boletins e artigos, assim como o edital próprio do 'Prêmio SAV de Pesquisa em Cinema', que publicará um livro do ganhador; é visita certa para os amantes do Cinema.

Clique aqui!
e conheça.

Ohio Impromptu - Beckett



Samuel Beckett foi um dos grandes nomes do Teatro do Absurdo, ganhador do Nobel de Literatura de 1969, além de autor de peças como Esperando Godot.
Aqui está Ohio Impromptu, feito em 1981, quase um monólogo com um duplo - no qual, o outro idêntico ao locutor ritma o texto passado. Obra de muita sensibilidade.

Clique aqui! ou apenas veja acima.

30.10.09

'Cartas a Theo', de Van Gogh

É fato conhecido que Vincent Van Gogh viveu boa parte da sua vida - a artística - sob condições adversas, dos bens de seu irmão Theo. Também, por ser costume da época, mandou diversas cartas. Vincent não é um literato puro, mas deixou nessas cartas uma vastidão de sabedoria e beleza em versos fortes e singelos.
Sei que no Brasil está para vender o livro 'Cartas a Theo' (o nome já se explica), mas prefiro o site VanGoghLetters.org - que tem todas as cartas do gênio em seu original.

Mas trago, também, trechos dessas cartas.



Janeiro de 1882

“Mas você pode estar certo, Théo, que quando fui pela primeira vez à casa de Mauve com meu desenho feito a pena e que Mauve me disse: - Você deveria tentar trabalhar com carvão, com pastel, com pincel e com esfuminho – Eu tive tremendas dificuldades para trabalhar com este material novo. Fui paciente e isto não parecia me ajudar em nada, então às vezes perdia a paciência a ponto de pisotear meu carvão e perder toda a coragem.”


Abril de 1882


“É uma coisa admirável olhar um objeto e acha-lo belo, pensar nele, retê-lo, e dizer em seguida: Vou desenha-lo, e trabalhar então até que ele esteja reproduzido. Naturalmente, contudo, esta não é uma razão para que eu me sinta satisfeito com minha obra a ponto de acreditar que não precisaria melhora-la. Mas o caminho para fazer melhor mais tarde é fazer hoje tão bem quanto possível, e então naturalmente haverá progresso amanhã.”



Novembro de 1885 – Fevereiro de 1886

“Com tudo prefiro pintar os olhos dos homens, mas que as catedrais, pois nos olhos há algo que nas catedrais não há, mesmo que elas sejam majestosas e se imponham, a alma de um homem, mesmo que seja um pobre mendigo ou uma prostituta, é mais interessante a meus olhos.”

(...)

“Já desenhei duas tardes lá, e devo dizer que acredito que, justamente para fazer figuras de camponeses, é muito bom desenhar à antiga, sob a condição, com tudo, de que não se faça como de hábito. Os desenhos que vejo, na verdade acho-os todos fatalmente ruins e radicalmente fracassados. E sei muito bem que os meus são totalmente diferentes: O tempo dirá quem está certo.”



Verão de 1887

“E me ocorre sentir-me já velho e fracassado e com tudo ainda suficientemente apaixonado para não ser um entusiasta da pintura. Para ter sucesso é preciso ambição, e a ambição me parece absurda. Não sei o que será, gostaria especialmente de viver menos as suas custas – e doravante isto não é impossível -, pois espero fazer progressos de forma que você possa, sem hesitações, mostrar o que faço sem se comprometer.”


Outubro de 1888

“Sinto em mim a necessidade de produzir até estar moralmente esmagado e fisicamente esvaziado, justamente porque não tenho nenhum outro meio de chegar a participar das despesas.”



Julho de 1890

“Pois bem em meu próprio trabalho arrisco a vida e nele minha razão arruinou-se em parte.”

29.10.09

Kyuss - Blues For The Red Sun

Banda importantíssima no cenário independente norte-americano dos anos 90, o Kyuss popularizou o até então pouco conhecido gênero "Stoner Rock". Assistindo de camarote à ascenção do Grunge, com suas camisetas de flanela e álbuns importantes desbancadores do metal-farofa-anos-oitenta das paradas de sucesso, Stoner e Kyuss podem não prestar concorrência muito acirrada com seus conterrâneos de Seattle em termos comerciais, porém, em influência e status de "banda de culto", com certeza rivalizam de forma bastante agradável. Antes de começar a falar propriamente do grupo em questão neste post, é preciso um pequeno resumo do que significa o tal Stoner Rock: carros, festas, drogas, viagens interplanetárias dão a tônica da musicalidade. Com influências óbvias à primeira audição que vêm desde os clássicos Black Sabbath, Led Zeppelin, Deep Purple, Hendrix e AC/DC; para também encaixar algo do proto-punk de bandas como Stooges e MC5 em seu caldeirão de misturas ilícitas. Psicodelia, hard rock, punk, e heavy metal. Tão ilícito quando altamente recomendável.
A banda foi formada em Palm Springs, Califórina, em 1989, e em sua formação clássica e devidamente estabilizada contaria com John Garcia(vocais), Josh Homme(Guitarra), Nick Oliveri(baixo) e Brant Bjork(bateria). Alguns conhecedores mais ávidos da música atual podem ter reconhecido o proeminente nome de Josh Homme, hoje líder de uma das grandes bandas da atualidade, o Queens Of The Stone Age. Josh, quando a banda assina para gravar seu primeiro álbum, contava com apenas 18 anos. As similariedades do QOTSA com o Kyuss são bastante perceptíveis, embora os dois grupos levem sua musicalidade para direções distintas; cabe notar que o Kyuss é também mais sujo e cru que sua irmã mais famosa. Os então garotos começaram tocando nas chamadas generator parties: festas no meio do deserto regadas a bebidas e substâncias as mais variadas, em que as bandas usavam geradores movidos a gasolina para conseguir a energia necessária para os equipamentos. Josh ganha certa notoriedade por tocar sua guitarra elétrica ligada em amplificadores de baixo, gerando um som pesado e grave. Seu primeiro álbum, Wretch, já adivinhava músicos extremamente promissores e talentosos executando canções que destoavam do cenário musical da época.

Porém, é com o segundo álbum, exatamente o presente neste post, que o grupo recebe aclamação unânime. Blues For The Red Sun mostra um grande avanço em relação à primeira gravação; uma maturidade impressionante em garotos tão jovens - Josh contava com 19 anos e Garcia com 21 apenas - para criar música rebelde, densa e pesada sem parecer demasiadamente com algo já feito antes, nem algo executado por seus contemporâneos. Josh plugava sua guitarra Ovation UK II preta num amplificador de baixo, a afinava o mais grave possível, pisava no fuzz e saia compondo riffs turbinados com a urgência de um garoto que acabara de tirar habilitação para dirigir. Na época do seu lançamento, a crítica especializada tentou de inúmeras maneiras encontrar algum rótulo adequado ao grupo, todas infrutíferas. O Kyuss, se por um lado calcava seu rock em influências diversas e bem definidas, por outro conseguia de forma única condensá-las em um formato bastante abrangente e extrair disso uma musicalidade singular. Não é um metal estilo Metallica, apesar de contar com peso e densidade em suas composições. E justamente por este peso fica difícil encaixar um outro rótulo qualquer: psychedelic rock, punk rock, hard rock. Todas, embora coerentes à primeira vista, não válidas. Foi tanto a confusão instaurada que as pessoas, não satisfeitas em saber da existência de um grupo musical fazedor de uma melodia inclassicável, trataram logo de taxar-lhes um gênero: e assim entra em cena o Stoner Rock.

A banda acabou em 1995 mas deixou vivo seu legado e sua musicalidade para, no pós-Kyuss, haver espaço para QOTSA, Mondo Generetor, Unida, Fu Manchu, dentre outras. E, muito embora o Queens Of The Stone Age geralmente faça sombra ao culto do Kyuss, é impossível desmerecer o linha de execução trabalhada primeiramente por Garcia e Homme na banda dos anos noventa. Fico enbabulado de indicar determinadas músicas em um disco tão bom; muito menos tentar exemplificá-las em palavras. Meu conselho é, ouça este álbum por inteiro, e embarque você mesmo no tumulto musical do deserto californiano. Não serei egoísta de tirar de você esta viagem.

ps: ok, o clássico da banda é Green Machine!


1 - Thumb
2 - Green Machine
3 - Molten Universe
4 - 50 Million Year Trip
5 - Thong Song
6 - Apothecaries' Weight
7 - Caterpillar March
8 - Freedom Run
9 - 800
10 - Writhe
11 - Capsized
12 - Allen's Wrench
13 - Mondo Generator
14 - Yeah


Frank Zappa - Hot Rats (1969)




Hot Rats (1969)
Foi lançado em outubro de 1969, um disco que Frank Zappa teve orgulho até o fim da vida. Musica de primeira qualidade, feita por um cara que usa bigode... E por amigos como Captain Beefheart que participa cantando na faixa Willie the Pimp. A gravação foi curta: em três dias as bases ficaram prontas, mas o que fez diferença pra Zappa em Hot Rats foi... Uma mesa de 16 canais, uma novidade na época.


01-Peaches en Regalia

02-Willie the Pimp

03-Son of Mr.Green Canes

04-Little Umbrellas

05-The Gumbo Variations

06-It Must Be a Camel

Download :

Marcha Mundial Pela Paz

Quem me falou da Marcha Mundial pela Paz e pela Não-Violência primeiramente foi o Fly. Agora está relativamente bem difundida mas não custa ajudar um pouco mais. Afinal a violência absurda do mundo de hoje é reflexo dos erros que acontecem em nossa sociedade. É bom termos consciência e sabermos que a paz é o único caminho. Paz conosco, com outrem, com o meio.

Clique aqui! e veja o site oficial.

28.10.09

Sonho de um Sambista (1979) - Nelson Sargento

Nelson Sargento é um dos grandes compositores e cantores do samba brasuca. O Sargento veio da época de Exército, quando chegou a tal patente. Ainda vivo, morando em Copa, ficou conhecido pelo seu samba 'Agoniza Mas Não Morre' (a terceira música deste disco), mas ficou eternizado por ser um dos grandes da Estação Primeira de Mangueira.
Suas músicas são ótimas, e merecem ser ouvidas. O disco em questão é de 1979 (ele nascera em 1924), com boas músicas, alguns clássicos. Eu recomendo 'Falso Moralista'.



Lista de Músicas:

01. Triângulo Amoroso
02. Falso Moralista
03. Agoniza mas não Morre
04. A Noite se Repete
05. Muito Tempo Depois
06. Minha Vez de Sorrir
07. Sonho dum Sambista
08. Infra-Estrutura
09. Primavera
10. Por Deus, Por Favor
11. Falso Amor Sincero
12. Lei do Cão

Download aqui! no 1º Acervo do Rock Polar.

Livro de Receitas Vegetarianas

E para aqueles que possuem uma maior consciência ecológica, ou por simples gosto, eis um livro de receitas vegetarianas. Para não deixar ninguém na mão, além dos pratos principais, há também sopas e sobremesas. Tudo de maneira saudável e gostosa.


Clique aqui! para fazer o download também no nosso 1º Acervo.

27.10.09

E-Cook de Receitas Nestlé

A Nestlé elaborou um e-cook (livro de receitas virtual) muito bom sobre culinária em geral. Trata-se de um software onde você pode criar seu próprio livro de receitas, ou escolher entre as opções as centenas de receitas que já vem no programa. Boa dica pra começar a cozinhar.


Clique aqui! para fazer o download no nosso 1º Acervo de Downloads.

26.10.09

Esculturas Eróticas - Dominique Regnier

Dominique Regnier é um escultor peculiar por ter como foco sempre o corpo humano, e feminino na maioria das vezes. A qualidade das obras é indiscutível e pode-se ver rapidamente, mas o que mais interessa é a estética primorosa aliada à técnica que me faz 'tirar o chapéu' a este artista. Como disse o p. mattos: 'sensualidade tirada de pedra. lindo.' Vi em sua galeria esculturas de madeira, mármore, chumbo, rocha, bem interessante mesmo.

Clique aqui! para ver a galeria do artista, e aqui! para conhecer um pouco do processo.

Visto no Doce Inutensílio, não deixem de conferir também.

25.10.09

Vice Magazine entrevista Terry Gilliam

A Vice Magazine publicou na web uma entrevista muito longa (e em português) com Terry Gilliam, o diretor de Os 12 Macacos, O Pescador de Ilusões e Medo e Delírio entre outros.
Além disso, já participou do Monty Python. É um gênio, como a entrevista afirma, vale muito ler suas palavras.
Dica da Gabrielle, aqui do Barco.



Clique aqui! e leia na íntegra. Tem 8 páginas.

24.10.09

Entrevista Sérgio Dias - The Daily Swarm (inglês)

Sérgio Dias, eterno Mutante (o que mais resistiu no grupo, certamente), deu uma entrevista em inglês para o The Daily Swarm.
Nesta ele fala sobre a Tropicália, o começo dos Mutantes, Caetano, Gil, Tom Zé, a Invasão Britânica, Maio de 68, ditadura, entre outros temas.
O problema é que está em inglês, e eu, por falta de capacidade técnica, não farei tradução alguma. Tentem entender o que puderem, ou recorram a tradutores online.

Clique aqui! e veja na íntegra.

23.10.09

Máquina que faz crescer carne e peixe

"É só colocar um saquinho com pouco de células musculares, nutrientes, oxigênio e pronto: carne ou peixe irão aparecer em sua casa! O nome do protótipo de eletrodoméstico é Cocoon, primeiro colocado em um concurso de design da Eletrolux.

O criador é Rickard Hederstierna, um estudante de 27 anos. Ele disse ao MailOnline que a máquina “criaria carne 100% pura sem que animais precisem ser mortos e sem o risco de contaminação”.

Um equipamento que cria comida como este sempre fez parte das histórias de ficção científica e ainda está longe da realidade. No entanto, muito do que vemos hoje funcionando em nossas casas já foi fruto da imaginação de alguém no passado. "


Retirado integralmente do Blog da Galileu. Será o fim do problema da carnificina dos açougues e da matança de animais?

22.10.09

Nine Inch Nails - With Teeth


O Nine Inch Nails é um dos projetos musicais mais instigantes de que se tem notícia; fato. O poder das composições do líder\único membro da "banda", Trent Reznor, são de uma eficiência impiedosa; seu som, indescrítivel e definitivamente não-rotulável. Dito isso, resta esclarecer que o NIN não é uma banda de rock em sua clássica definição, com várias pessoas ocupando determinadas posições e empunhando determinados instrumentos. Nos estúdios, Trent, multi-instrumensta de inegável talento, controla todas as linhas de produção: toca guitarra, bateria, baixo e acrescenta sons eletrônicos para construir e desconstruir a narrativa das canções. Após o processo de gravação, são chamados músicos para compor a banda que atua nos palcos e que acompanham Trent durante as turnês.

A história do Nine Inch Nails começa com Trent empregado em um pequeno estúdio de mixagem chamado Right Track Studios; como já trabalhava em algumas canções próprias, pediu permissão ao dono do estabelecimento Bart Koster para trabalhá-las usando os apetrechos eletrônicos disponíveis em seu tempo de folga. Reznor chamara alguns músicos amigos para ajudá-lo na execusão das melodias, mas, não aprovovando o trabalho, decidiu por si próprio articular as composições. O resultado pode ser encontrado em várias faixas de seu álbum de estréia, Pretty Hate Machine, de 1989.

O que torna o NIN uma banda tão singular no cenário musical reside no fato de Reznor empreender uma verdadeira avalanche de sons extremamente bem-pensados em suas canções. Não são sons aleatórios, ou mesmo uma "limpeza" proposital feita com intuito de ajudar na aceitação comercial. Trent joga com referências o tempo todo e as torna propriedade exclusiva sua, criando climas diferenciados que idem atigem o espectador de forma distinda em cada audição. Você pode encontrar resíduos de Pink Floyd, de Joy Division, de Ministry e de Skinny Puppy(principalmente estas duas últimas).

Neste álbum em questão, With Teeth, de 2005, pode-se dizer que há uma essência de todo o trabalho do NIN feito até então: estão aqui o ainda influenciado Reznor do primeiro álbum, o raivoso e agressivo Reznor de Broken, o maníaco-obsessivo-depressivo (e outros ismos similares)Reznor de Downward Spiral, e, chegando a um auge de um potencial de experimentalismo em The Fragile, o álbum anterior. Um álbum mais palátavel e de fácil digestão, diriam alguns. Concordo e discordo. Concordo com o fato de que With Teeth é um álbum mais "fácil" de se ouvir; mais prazeroso para um ouvinte não-iniciado. E ao mesmo tempo discordo quando há o conceito pejorativo de se afirmar que é um álbum comercial. Coisa que não é, definitivamente. Trent Reznor nos apresenta um trabalho de sublime perfeição, desde a esmerada composição de letras, até a impecável execução de cada instrumento e som\barulho eletrônico climático. Talentossísmo compositor, Reznor entrega-se completamente quando da formação de suas canções; impossivel não sentir um arrepio tremendo nos pêlos pubianos ao ouvir músicas como "Love Is Not Enough"[NOOT!!]; "Getting Smaller", um industrial básico e contagiante; as lindíssimas "Home" e "Rith Where It Belongs"; e as porradas "You Know What You Are", "Everyday Is Exactly The Same" e "The Hands That Feeds".

É de fato tarefa das mais árduas tentar explicitar o som produzido pelo NIN em uma ou mais vertentes e estilos. Tentar compreender o abstrato conceito de "Industrial" talvez seja o mais acertado: pense em uma indústria do final do século XIX, toda aquele clima angustiante, sufocante, todo o peso e, ao mesmo tempo, uma aura depressiva.

Sem jamais ter feito parte da playlist das rádios estadunidenses (ou de qualquer outro país) - exceção talvez para as músicas Closer e Hurt, ambas de Downward Spiral (1994) - , mas figurando em toda e qualquer pesquisa que aponte as maiores influências da música atual, não chega a surpreender que Reznor tenha ficado decepcionado, para não dizer puto, com os desdobramentos advindos de sua música(de filões em sua maioria inúteis como os Linkin Parks da vida). Neste caso, o que fazer? Voltar ao ponto zero, dar tapa com luva de pelica, caminhar na contramão, buscando o essencial, isto é, a crueza do primeiro disco. "Will you bite the hand that feeds?", provoca Reznor em The Hand That Feeds, primeiro single de With Teeth. Quem acompanha a trajetória do Nine Inch Nails sabe que Reznor não tem pudor algum em admitir que sim, ele se volta contra quem o colocou ali no topo não uma, mas inúmeras vezes, ao jamais ser previsível e dizer tudo o que precisa ser dito.

Outra hipótese resulta das letras de With Teeth. Letrista talentoso, Reznor expõe como poucos o amontoado de sentimentos que carrega na alma. Por conta disso, criou-se para ele um estereótipo de artista problemático. O que pode ser visto apenas como coragem (algo raro e que atualmente pode chocar), acabou se tornando uma marca nem sempre bem-vinda do Nine Inch Nails, que não poucas vezes é tachado de banda depressiva. Eu poderia perder horas defendendo a importância da força proporcionada por se encarar sentimentos carentes de beleza de frente na recuperação de uma depressão, mas essa resenha não está sendo escrita em um consultório psiquiátrico.

Pois bem, considero o Nine Inch Nails uma das bandas que definitivamente mudaram o meu modo de encarar as coisas. E sem dúvida divide o posto de "minha-banda-favorita" com outra banda da qual procurarei falar em algum posto no futuro. Pioneiro em diversos segmentos(poderia perder linhas e mais linhas com isso), Reznor estralhaça nossos ouvidos, mentes, corações com um discaço. Na humilde opinião desse escrevinhador, um dos melhores da década. Senão o melhor, um clássico moderno.
1. "All The Love In The World"
2. "You Know What You Are?"
3. "The Collector"
4. "The Hand That Feeds"
5. "Love Is Not Enough"
6. "Every Day Is Exactly The Same"
7. "With Teeth"
8. "Only"
9. "Getting Smaller"
10. "Sunspots"
11. "The Line Begins To Blur"
12. "Beside You In Time"
13. "Right Where It Belongs"

Seis Ebooks de Eliphas Lévi

Eliphas Lévi, nascido Alphonse Louis Constant (o pseudônimo veio da tradução dos dois primeiros nomes para o hebraico), foi um dos grandes ocultistas do mundo.
Seu nome ficou ligado tanto às ciências ocultas quanto do novo satanismo.

Os ebooks são:

1- A Ciência dos Espíritos
2- Os Paradoxos da Sabedoria Oculta
3- Dogma e Ritual Vol. 1
4- Dogma e Ritual Vol. 2
5- A Chave dos Grandes Mistérios
6- O Livro dos Sábios

Download aqui!

O Bandido que sabia Latim (Poemas Musicados de Leminski)

'O Bandido que sabia Latim' é uma coletânea não-autorizada de vários artistas interpretando musicalmente poemas do grande Paulo Leminski.
O poeta curitibano, famoso por seus hai-cais e demais poesias livres e cheias de vida, ganha outra faceta com as músicas das quais ele é compositor. Grandes nomes da MPB interpretando o poeta nacional. Muito bom para quem gosta de ambos.




Lista de Músicas:

01. Xixi nas Estrelas (Guilherme Arantes)
02. Decote Pronunciado (Moraes Moreira)
03. Vamos Nessa (Itamar Assunpção)
04. Filho de Santa Maria (Zizi Possi e Marcos Suzano)
05. Promessas Demais (Ney Matogrosso)
06. Verdura (Caetano Veloso)
07. Polonaise (José Miguel Wisnik e Ná Ozzetti)
08. Valeu (Paulinho Boca de Cantor)
09. Pernambuco Meu (Moraes Moreira)
10. Luzes (Arnaldo Antunes)
11. Além Alma (Vânia Abreu)
12. Dor Elegante (Zélia Duncan)
13. Subir Mais (José Miguel Wisnik)
14. Reza (Miriam Maria)
15. Coração de Vidro (Ricardo Graça Melo)
16. Xixi nas Estrelas (Jair Oliveira)

Download aqui!
nos Discos do 1º Acervo.



Retirado do brother Doce Inutensílio.

21.10.09

ZAP COMIX

A ZAP COMIX surgiu nos anos 60, com um rapaz chamado Robert Crumb que vendia suas revistas na esquina da Rua Haight com a Ashbury em San Francisco. Em dois meses Robert teve um surto criativo e concebeu e desenhou a ZAP COMIX, a revista logo se tornou modelo para um monte de revistas underground que rapidamente a seguiram. Em pouco tempo Crumb estava acompanhado por um grupo de artistas que representavam cada uma das diversas subculturas jovens da América. A ZAP então era formada por:
- Robert Crumb trabalhava como estagiário em uma fabrica de cartões de aniversario , no pouco tempo livre que tinha , desenhava suas historias. Era historias de animais, como a de um gatinho, que voltava pra casa dos pais e transava com a irmã.
-Rick Griffin tinha um emprego na revista Surfer, trabalhava em tempo integral: surfava até as onze horas, almoçava, fazia seus desenhos para a revista e depois voltava para o surfe.
-Robert Williams após centenas de brigas de rua, guerras de gangues e algumas detenções por beber pouco e outros pequenos delitos, Robert não poderia mais ficar em Albuquerque, então deixou sua ex-noiva e foi para Los Angeles.
-Gilbert Shelton aterrorizava reitores com a edição da revista estudantil Washinton Capers.
-Manuel Spain: um delinqüente juvenil proletário latino, o que era muito comum na sociedade americana da época. Após produzir em um mimeógrafo sua própria revista anti-guerra e pró-direitos civis, Spain conseguiu descer mais um pouco na escala social: e tornou-se um delinqüente juvenil proletário latino subversivo.
-Victor Monoso nasceu na Espanha, trabalhava em uma editora, e estava em San Francisco desde 1959.
O tempo passou, milhares de outros comix surgiram no mundo, mesmo após os hippies, Janis, e San Francisco, o espírito e a forma sarcástica da revista continuam. Para quem desenha, a ZAP pode ser muito útil em pesquisa de estilos, e para quem já conhece um apelo, sejam generosos como um amigo meu foi, e mostrem a ZAP pra alguém.
Site da editora da ZAP:

http://www.conradeditora.com.br/hotsite/zap/index.html

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Ps: preciso dizer que é uma nova colaboradora d'O Barco? Bem-vinda Gabi.

The Sonics - Here Are The Sonics!!!

Apesar de não pertencer a nenhum movimento musical definido, o The Sonics fazia parte de um outro grupo de gangues musicais nascidas na costa noroeste norte-americana e que tinha por objetivo e marca registrada a energia, a crueza na hora de compor melodias e a selvageria na hora de apresentá-las ao público. Genuíno rock de garagem. A história de formação da banda, dotada de diversas idas e vindas e outras incontáveis mudanças de membros, até sua estabilização no final do ano de 1963 é desnecessária. Basta dizer que, na sua formação clássica, o Sonics continha Andy Parypa no baixo, seu irmão Larry na guitarra-solo, Roc Lind no saxofone, Bob Bennet na bateria e o inconfundível Gerry Roslie nos alucinados vocais.

A despeito do movimento punk que só tomaria vida muito mais para o futuro nas mãos habilidosas - e algumas nem tão habilidosas assim - de bandas do porte de Velvet Underground, The Stooges, Ramones, MC5 e outras lindezas similares, os cinco garotos que formaram o Sonics já carregavam algumas das caracterícas que anos depois sacudiriam primeiramente os becos de Nova York para depois espalhar seu veneno contagiante mundo afora: rebeldia juvenil, energia musical dançante e vibrante, uma atitute visceral nas apresentações ao vivo.

Para um ouvinte desavisado, as gravações que soam sujas e distorcidas podem impressionar. Não é sem motivo que o vocalista, Gerry Roslie, é insistentemente comparado a Little Richard: com seus gritos histéricos, somados às guitarras distorcidas (ou como disse Andy Parypa, no Seattle Times em 84: "Se nossos discos parecem distorcidos, é porque eles são. Meu irmão Larry estava sempre fuçando nas caixas. Elas sempre estavam tipo overdrive... Ou ele estava desconectando os auto-falantes e esburacando eles com um furador de gelo. É por isso que a gente acabou soando como um trem quebrado."). Esta é apenas uma pequena amostra dos mitos que cercam as gravações do Sonics.

O segundo álgum, Boom, tem uma história ainda mais escabrosa: diz-se que a banda arrancava a esmo todas as cartolinas utilizadas para embalar ovos e que ficavam na parede para assegurar melhor acústica, para, segundo eles, criar uma unidade musical mais "viva".

Todas as canções desse fabuloso álbum de estréia, Here Are The Sonics!!! encaixam-se perfeitamente em uma unidade deliciosa de rock, nostalgia, rebeldia, e energia dançante. Nostalgia pois é bastante perceptível a influência de artistas de rockabilly da década anterior em cada dedilhada vibrante de guitarra. Rebeldia pois, ao mesmo tempo em que presta uma grande homenagem ao rock clássico, o grupo distancia-se de ser classificado como revival de um "clássico" para preencher com uma selvageria e crueza poucas vezes ouvidas anteriormente; iniciando, por assim dizer, a caminhada rumo ao que um dia distante no horizonte viria a ser o punk. E, por fim, e talvez o mais importante, destaco a energia dançante do quinteto. The Sonics é uma daquelas bandas para se ouvir pulando descontroladamente pelo quarto, com um enorme sorriso no rosto. E acredite, você carregará esse sorriso pelo restante da semana após ouvir músicas como "Have Love Will Travel", "Psycho", "Louie, Louie", "Money", "Strychnine" dentre outras.

Disco de enorme influência para incontáveis bandas que praticavam o chamado rock de garagem, este álbum inicial do grupo é audição absolutamente fundamental. E muito embora haja realmente algumas baladinhas não tão interessantes (lembremo-nos de que, nessa época, uma banda de porte pequeno/médio não tinha, afinal de contas, outra alternativa a não ser tocar em salões de baile e rings de patinação), grande parte de seu repertório é composto por devastadoras descargas elétricas de fúria proto-punk, tanto no que se refere ao material original quanto no que as excelentes covers, envenenadas por um dos vocalistas mais insanos da história do rock e um dos grandes mestres da guitarra "serra elétrica".

1 - "The Witch"
2 - "Do You Love Me"
3 - "Roll Over Beethoven"
4 - "Boss Hoss"
5 - "Dirty Robber"
6 - "Have Love Will Travel"
7 - "Psycho"
8 - "Money (That's What I Want)"
9 - "Walkin' the Dog"
10 - "Night Time is the Right Time"
11 - "Strychnine"
12 - "Good Golly Miss Molly"
13 - "Keep A Knockin'"
14 - "Don't Believe in Christmas"
15 - "Santa Claus"
16 - "The Village Idiot"

Mclusky - Mclusky Do Dallas

fábio: estreia do novo colaborador do Barco Bêbado, André Fernando Sturmer, o nosso Nando.

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Se há algo que me causa revolta na música - especialmente no rock - feita nesta última e infame década é a profunda deturpação\colorização\status-quo indie que diversas bandas com orgulho ostentam. Em outras palavras, a "música" ou "a mais nova banda da semana que eu conheço e os outros não conhecem" serve apenas como pretexto para criar identidade, exibir-se perante os outros, um cacoete para a auto-promoção e para o comportamento de manada. Penso que o indie passou de uma atitude musical sincera no início[strokes, libertines..] para uma certa elitização modista altamente supérflua; basta notar a quantidade de bandas que se dizem fazedoras de "rock" pipocando por aí. Portanto, quando surgem pessoas dispostas a destoar desse cenário de lugar-comum e fugir para meios mais inseguros, fazendo música honesta, sincera e verdadeira, há de se louvar a iniciativa.

Fiz deste extenso parágrafo de introdução uma espécie de desabafo pessoal; maaas também para apresentá-los para três sujeitos simpáticos que bem cabem na descrição feita acima de "pessoas dispostas a destoar...": Mclusky!

Donos de um rock que impõe respeito pela confusão de sons, pela sujeira lasciva, pelas letras cobertas de sarcasmo e deboche e por um desleixo impecável na hora de construir suas melodias, Mclusky é uma banda formada no País de Gales em 1998. Impressiona também o homem que apostou neles: Steve Albini, mestre-mor quando o assunto é sujeira, podreira e seus congêneres estilísicos. E inteligência. Basta citar que Albini produziu Surfer Rosa, do Pixies, In Utero do Nirvana e o último do Stooges; além de contar com uma banda que é amplamente cultuada no espaço underground norte-americano, o Shellac.

Albini percebeu o potencial dos três rapazes e os chamou para gravar o álbum presente nesse post: Mclusky Do Dallas. O resultado é um disco repleto de uma veia punk há muito perdida e\ou esquecida no mainstream e só cultuada em becos escuros e botecos mal-cheirosos frequentados por religiosos underground que sacam o espírito da coisa e resolvem se afastar disso. Mas enfim, voltemos ao álbum em questão: a sonoridade, explosiva e densa, soa desleixada. De forma intencional ou não, relampeja em meio à riffs que trepam em sua memória e fazem você assoviar o dia inteiro canções carregadas de batidas rápidas e desconcertantes que são bem acompanhadas por uma linha de baixo extremamente excêntrica e maravilhosamente desordenada. A voz de Andy Falkous é de uma variação interessante: rasteja em alguns pontos de calmaria, mas sabe que está ali mesmo para estourar as cordas vocais em cantos grotescos.

O deboche vem do início do harcore, evocando um bem recebido Dead Kennedys, aliado também aos reis do escracho nos "anais" da música alternativa estadounidense, Butthole Surfers. Soa como um Pixies desordenado e distorcido. Soa como um Sonic Youth mais punk. E, obviamente, tem algo também de Shellac. Um disco para se ouvir de cabo a rabo, sem parar para respirar e imitando uma guitarra imaginária enquanto soca sua boneca inflável favorita sem remorso.


1 - "Lightsabre Cocksucking Blues"
2 - "No New Wave No Fun"
3 - "Collagen Rock"
4 - "What We've Learned"
5 - "Day of the Deadringers"
6 - "Dethink to Survive"
7 - "Fuck This Band"
8 - "To Hell with Good Intentions"
9 - "Clique Application Form"
10 - "The World Loves Us and Is Our Bitch"
11 - "Alan is a Cowboy Killer"
12 - "Gareth Brown Says"
13 - "Chases"
14 - "Whoyouknow"

20.10.09

9 Descobertas sobre o Sistema Neural

Post muito bom visto no MorteSubita.org sobre 9 descobertas acerca do sistema neurológico.


O cérebro é uma das partes mais incríveis do corpo humano. Ele se torna ainda mais impressionante quando funciona de uma maneira diferente da que esperamos. A ciência da psicologia frequentemente acerta sobre o funcionamento da mente humana, mas a Neurologia apresentou algumas surpresas interessantes nas últimas
décadas:

1) 7 é o máximo de ítens para a memória de curta duração.


O cérebro possui três mecanismos de memória: Sensório, Longa Duração e Curta Duração. a memória de Longa Duração, funciona como um disco rígido de um computador. Da mesma forma, poderíamos dizer que a memória de Curta Duração se aproxima da memória RAM. Esta memória de curta duração é capaz de armazenar de cinco a nove itens, sendo sete a média humana.

Aplicabilidade: Não perca tempo memorizando grandes listas Armazenar informação exige portanto o compactamento em aproximadamente sete unidades ou guardá-lo
na memória de Longa Duração.

2) Verde Lima é a cor mais visível.


O Verde Lima esta localizado exatamente no meio do espectro solar visível pelos olhos humanos, mais precisamente entre o verde e o amarelo. Nosso sistema nervoso possui receptores independentes para o verde, o vermelho e o azul e o Verde Lima aciona os três receptores ao mesmo tempo tornando-se a cor mais perceptível de todas.

Aplicabilidade: Use Verde Lima quando quiser destacar algo. Por esta razão esta é a cor ideal para veículos e profissionais do transito das grandes metrópoles.

3) Seu Subconsciente é mais esperto do que você


Seu Subconsciente é mais esperto do que você. Em outras palavras, ele é mais poderoso do que os processos conscientes. Em um estudo recente, um quadrado era colocado em uma tela seguindo um complexo padrão. Depois de um tempo logo as pessoas começaram a melhorar o resultado ao tentar descobrir onde o quadrado iria aparecer em seguida. Quando indagados para conscientemente explicar o padrão, mesmo de pois de horas, ninguém conseguiu.

Aplicabilidade: Confie mais nos seus "instintos"

4) Sinestesia é para todos


A mistura de sentidos não é exclusividade de pessoas que usam LSD, todo ser humano possui algum grau de sinestesia. Em um experimento psicológico Wolfgang Köhler pediu que entrevistados descobrissem o nome de duas figuras, uma chamada Buba, e outra Kiki. O interessante é que o experimento resultou em 98% de acertos. A sensação é tão imediata que não vamos nem colocar os nomes na ilustração abaixo:


bubaykiki.gif


Aplicabilidade: Use o fator sinestésico para aprimorar a memória e o aprendizado.

5) O cérebro humano não é bom com probabilidades


Sua professora do colégio já deve ter lhe provado isso. Mas recentemente foi descoberto que o cérebro humano é naturalmente propenso a cometer alguns erros
básicos de probabilidade. Em um estudo foi proposto o seguinte problema:

Jessica é uma mulher solteira de 31 anos, cândida e promissora profissionalmente. Graduada em filosofia. Enquanto estudante engajou-se em militância social e participou de passeatas contra o descontrole da energia nuclear.

Ranqueie as seguintes da mais para a menos provável:

1. Jessica é hoje uma professora do ensino fundamental.
2. Jessica trabalha em uma livraria e faz aulas de yoga.
3. Jessica é uma ativista do movimento feminista.
4. Jessica é assistente social.
5. Jessica é membra ativa de um partido político.
6. Jessica trabalha num banco.
7. Jessica é vendedora de uma agência de seguros.
8. Jessica trabalha no banco e é uma ativista do movimento feminista.

Aproximadamente 90% das pessoas afirmaram que 8 é mais provável que 6. Muito embora 8 (trabalhar no banco e ser uma ativista do movimento feminista) inclua inteiramente a possibilidade de 6 (trabalhar num banco). O cérebro humano acredita que mais detalhes fazem um evento tornar-se mais provável, e não menos.

Aplicabilidade: Lembre-se sempre que quanto mais detalhes menos provável é um evento.

6) Memórias são manipuláveis.


Pesquisas revelaram que as pessoas muito facilmente falham ao lembrar do passado. Não se trata apenas de esquecer do passado, mas de lembrar de coisas que nunca aconteceram. Por este motivo, terapias de "memórias reprimidas" entraram em desuso entre profissionais sérios, caindo na mesma leva das "memórias das vidas passadas". Em um ambiente controlado como o de um consultório psiquiátrico é extremamente fácil sugerir coisas que nunca de fato existiram.

Aplicabilidade: Não teime com algo só porque você lembra bem do que aconteceu.

7) Rcnecciemhento de plaarvas plea fomra


Vcoê csnoseuge ler etse txteo com um pcoua dcifuaidlde. As lertas etsão emlbaarhaads e anepas são madnitas a pimerira e a utlmia ltrea de cdaa plaarva. Isso actocnee pouqrue qnaudo se etsá aoscumtado com a lngíua naivta, o crbeero não lê ltrea a lrtea, mas a plaarva cmoo um tdoo.

Apicliilbaadde: É dietrvido, prcseia mais?

8 ) A Memória de longa Duração é desligada durante o sono


Os componentes cerebrais responsáveis pela memória de longa duração são desligados durante as horas de sono. Por esta razão os sonhos são rapidamente esquecidos se não relembrados nos primeiros momentos do despertar. Apesar do ser humano ter vários sonhos durante o repouso eles dificilmente são lembrados. Normalmente apenas fragmentos ainda na memória de curta duração sobrevivem.

Aplicabilidade: Se quiser lembrar de seus sonhos, anote-os ao acordar.

9) O cérebro possui um excelente mecanismo de playback


A chamada memória sensória é o equivalente neural dos mecanismos de playback. Funciona tanto para a visão como para a audição. Seu tálamo re-envia os últimos segundos de tudo o que é originalmente captado pelos sentidos e processado pelo cérebro. Suponha que esteja acontecendo uma festa e alguém diz algo chamando o seu nome. Geralmente você pode recuperar o que foi dito mesmo se estivesse no momento se concentrando em outra conversa. Se perdêssemos este recurso neural atividades multitarefas seriam impraticáveis.

Aplicabilidade: Você não precisa repetir algo porque acha que a pessoa não ouviu. Basta aguardar alguns segundos que o cérebro dela faz isso sozinho.

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Post scriptum: Kiki a da esquerda, Buba a da direita. Claro?

19.10.09

Brasileiros em Cuba

Viver sem dinheiro não é necessariamente a mesma coisa que ser pobre. É o que se pode pensar ao tentar entender a vida de um estudante brasileiro dentro do regime de Cuba, um dos últimos países a incorporar o sistema comunista em sua economia e sociedade. O pernambucano Maicon Martins vive na ilha há mais de quatro anos e estuda para se tornar médico, recebendo do governo tudo o que precisa para sobreviver, mas não para uma vida de consumo. Ele defende o controverso sistema do país e diz que a lógica cubana é voltada para a sociedade e não para os indivíduos.

“É difícil entender a situação de Cuba partindo da lógica que vigora no Brasil. Em Cuba, a lógica é outra. Não envolve gastos, nem custos”, disse, comparando os cursos de medicina cubano e brasileiro. Segundo ele, a lógica do mercado de trabalho e da economia em Cuba é outra. A prioridade do Estado é a questão social, e a formação dos médicos é para atender esta demanda social, o que explicaria o fato de os médicos do país não serem ricos para padrões internacionais.

“O médico cubano é formado pelo Estado sem pagar um tostão. Mas estamos falando de um país de terceiro mundo onde a lógica da saúde não segue a mesma lógica de mercado que há no Brasil. O médico pode até não ganhar muito dinheiro, mas se ele tiver três filhos, por exemplo, não vai ter nenhum gasto com eles relacionado a saúde, educação e alimentação. O que ele ganha é livre”, disse.

“No Brasil, o cara que quiser estudar medicina tem que gastar em cursinhos para entrar na universidade pública ou pagar uma particular. Tem gastos para comprar livros, para viver, se alimentar para se manter durante todos os anos de estudo. Tudo é muito caro durante a formação. Então a situação após o curso também é diferente. Em Cuba o médico tem uma função social, e não individual. Não existe o mercado da saúde pública.”

Martins não nega que haja dificuldades no país, mas responsabiliza o bloqueio norte-americano pelos problemas econômicos de Cuba e diz que nada é tão ruim quanto algumas pessoas do Brasil, que têm uma visão deturpada da realidade. “Cuba vive um bloqueio de mais de 50 anos, e isso é cruel, restringe Cuba de ter acesso e medicamentos, material para diagnóstico e todos os produtos que são produzidos por empresas que tem investimentos norte-americanos. Isso dificulta a dar uma atenção mais adequada.” Isso, diz, sem que o país deixe de ter excelência em seu sistema de saúde.

Demorou três anos para que Martins deixasse de lado a sensação de ser um turista e passasse a se sentir um morador de Cuba. Ele estudava física no Brasil, e viajou à ilha após um processo de seleção para ser estudante de medicina. O pernambucano torce pelo Sport e contou que joga futebol com outros brasileiros com quem convive, mas que já torce por um time de beisebol, esporte mais popular no país, o Santiago de Cuba.

Segundo um levantamento dos postos consulares do Ministério das Relações Exteriores, cerca de mil brasileiros vivem em Cuba atualmente. Segundo Martins, no grupo com quem convive em Havana há gente de vários estados, incluindo pernambucanos, baianos e paulistas.

Uma das coisas que diz que mais facilita no processo de mudança para Cuba é a afetividade do povo, que é solidário e dão apoio. “A gente vai conhecendo as pessoas, forma laços afetivos e cria novas famílias. A gente se envolve muito com os cubanos e eles são muito acolhedores. Isso acaba sendo um motivador.”

Em sua defesa do sistema cubano, Martins volta diversas vezes a mencionar que a visão que se tem da vida em Cuba é deturpada, e conta que ouve muitas perguntas no Brasil que soam preconceituosas. “Tem gente que pergunta se em Cuba tem computador e internet”, diz, respondendo imediatamente que sim e contando até que acompanha o futebol brasileiro, e assiste a jogos como a final da Copa do Brasil vencida pelo seu time em 2008 pela web.

“Nunca me faltou comida, mas claro que criamos demandas novas. Muita gente pensa que Cuba é um país completamente fechado, mas não é assim. Cuba é um país aberto, o povo cubano é amigo. Cuba tem tudo que o Brasil tem. Não é uma coisa de outro mundo, mas é um país de terceiro mundo que garante a todos, mesmo aos estrangeiros que estudam lá, todo o essencial para minha sobrevivência. O que eu quiser fora o básico é um problema meu.”

Analisando a política cubana, foco de atenção internacional desde que Fidel Castro se afastou do poder por questões de saúde, Martins nega que haja um colapso do sistema e diz que Cuba mantém o rumo. “Fidel está vivo e segue guiando o povo cubano com suas reflexões publicadas no jornal. Ele continua sendo o grande líder da revolução e do país. E isso vai continuar mesmo se Fidel morrer.”

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Texto retirado integralmente do portal G1. Vale muito a pena lê-lo integralmente para desmistificar certos mitos e preconceitos com a ilha que apesar de ser uma ditadura - ninguém passa fome nem dorme na rua.



18.10.09

É Tempo de Reflexão

"Dei-me sempre com pessoas que têm uma concepção original da vida, que não se deixam levar pelo que lêem nos jornais, sabendo muito bem ler nas entrelinhas. Tais pessoas são felizes. Eu sou feliz. Comigo só trago o bilhete de identidade, ou melhor, o cartão de residente. É o único cartão que trago na carteira, não tenho cartão de crédito nem talão de cheques. A vida é maravilhosa, mas é preciso uma pessoa saber desprender-se de tudo isso que desgraçadamente dá felicidade aos imbecis.

Se o mundo se transformou numa coisa mal-humorada, isso deve-se, sem dúvida, ao fato de agora ser preciso muito dinheiro para viver. A vida é muito simples, mas tudo conspira para a tornar complicada. É quando nos vemos livres da ambição do dinheiro, do orgulho ou do poder que a vida se revela formidável.

Um idiota preguiçoso continua sempre sendo um idiota! E um preguiçoso inteligente é alguém que refletiu acerca do mundo em que vive. Não se trata, pois, de preguiça. É tempo de reflexão. E quanto mais preguiçoso fores, mais tempo tens para refletir. E é por isso que, no oriente, isso se designa por filosofia oriental. A maior parte das pessoas tem tempo. Quanto mais se desce para o sul, mais encontramos profetas, magos, pessoas que refletiram sobre o mundo.

Não fazer nada é uma atividade interior; não é preguiça, é reflexão."

17.10.09

Duo Siqueira Lima tocando Tico-Tico no Fubá

O Duo Siqueira Lima é composto pelo casal Fernando Lima e Cecilia Siqueira, e já possuem certo renome entre os violeiros nacionais. Neste vídeo postado no 1º Acervo de Downloads d'O Barco eles interpretam num mesmo violão a música Tico-Tico no Fubá. Muito legal! Dica de minha mãe, por e-mail.

Clique aqui! para fazer o download.

16.10.09

Mudando o Comportamento Através da Diversão



Vídeo muito legal em que, após perceber que as pessoas jamais passavam pela escada rolante, um grupo resolveu melhorar o 'visual' da escada normal. Para isso, usaram de criatividade e fizeram dos degrais, teclas de um piano. Ouvi dizer que trata-se de um viral de alguma empresa aí, mas nem quero pesquisar pra saber (prefiro imaginar que foi uma intervenção urbana).

Clique aqui! para ver no youtube, ou apenas dê play no vídeo acima.

15.10.09

O Reino das Sombras - Relato da 1ª Experiência com o Cinema por Máximo Gorki

Máximo Gorki, o escritor que apoiou a Revolução Russa, gênio por suas citações, livros e peças teatrais - também fez um maravilhoso relato sobre sua primeira experiência com o cinema. Relato este, que para mim, ainda que o próprio cinema estivesse nascendo, já previra boa parte das consequências que o mesmo tomaria. Fiquem com a leitura, que é recomendadíssima.



"A noite passada estive no Reino das sombras.
Se soubessem o estranho que é sentir-se nele. Um mundo sem som, sem cor. Todas as coisas – a terra, as árvores, a gente, a água e o ar – estão imbuídas ali de um cinza monótono. Raios cinzas de sol que atravessam um céu cinza, olhos cinzentos no meio de rostos cinzas e, nas árvores, folhas cinzentas. Não é a vida e sim sua sombra, não é o movimento e sim seu aspecto silencioso.
Vou tratar de explicar-me para não ser tachado de louco ou de fazer concessões ao simbolismo. Estive em Aumont vendo o cinematógrafo de Lumière: a fotografia animada. A extraordinária impressão que produz é tão complexa e única que duvido de minha capacidade para descreve-la em todos os seus aspectos. Mesmo assim, tratarei de expressar os que são fundamentais.
Quando se apaga as luzes na sala onde se expõe o invento de Lumière, aparece de imediato na tela uma grande imagem de corcinza. Uma rua de Paris, sombras de um mal gravado. Se se observa fixamente, se vêm carros, edifícios e pessoas em diversas posturas, congeladas e imóveis. Tudo em tom cinza, o céu lá em cima também é cinza, não se antecipa nada novo nesta cena demasiado familiar, pois mais de uma vez vimos imagens das ruas de Paris. Mas, imediatamente, um estremecimento esquisito invade a tela e a imagem torna-se viva. As carruagens que chegam de alguma parte da perspectiva da imagem se movem até você, até a escuridão onde estás sentado; mais adiante das pessoas aparece algo que se destaca, cada vez maior, a medida que se aproxima de ti; no primeiro plano, uns garotos brincam com um cachorro, passam uns ciclistas e os pedestres cruzam a rua serpenteando os carros. Tudo se move com muita vitalidade e quando se aproxima do limite da tela, desaparece por trás dela, não se sabe onde.
E no meio de tudo, um estranho silêncio, sem que se escute o rumor das rodas, o som dos passos ou das vozes. Nada. Nem uma só nota dessa confusa sinfonia que sempre acompanha os movimentos das pessoas. Silenciosamente, a folhagem cinza das árvores balançam com o vento e as silhuetas cinzas das pessoas – pode se dizer condenadas ao eterno silêncio e cruelmente castigadas ao ser privadas de todas as cores da vida – deslizam em silêncio sobre um solo cinza.
Seus sorrisos são inanimados, ainda que seus movimentos estejam cheios de energia vital, tão ligeiros que são quase imperceptíveis. Seu sorriso é mudo, ainda que possa se ver os músculos contrair-se nos rostos cinzas. Diante de ti surge uma vida, uma vida carente de palavras e despojadas do espectro de cores vitais: uma vida cinzenta, muda, desolada e lúgubre.
A visão é espantosa, porque o que se move são sombras, nada mais que sombras. Encantamentos e fantasmas, os espíritos infernais que fizeram desaparecer cidades inteiras no sonho eterno acodem à mente e é como se materializassem diante de ti a arte maligna de Merlin. Como se houvesse sumido a rua inteira; como se, do telhado ao piso, houvesse derrubado os edifícios de vários andares até reduzi-los ao nível do chão. As pessoas foram reduzidas em idêntica proporção, destituindo-as do poder da palavra e esfumando as tonalidade do céu e da terra numa coloração cinza monótona.

Desse modo, a grotesca criação foi empurrada para o canto de um obscuro restaurante. De repente se escuta um estalido, tudo se desvanece e aparece um trem na tela. Se lança diretamente contra você, cuidado! Dá a impressão que vai precipitar-se na escuridão sobre o espectador, convertendo-lhe num monte de carne dilacerada e ossos estilhaçados e reduzindo a pó e fragmentos esta sala e todo o edifício, cheio como está de mulheres, vinho, música e vicio.
Mas também este é um trem das sombras.
Sem um ruído, a locomotiva desaparece pelo lado da tela. O trem pára um instante e uma série de figuras cinzentas surgem mudas dos vagões, saúdam em silêncio a seus amigos, riem, andam, correm, rebolam e... se vão. Aparece, então, outra imagem. Três homens sentados numa mesa, jogando baralho. Seus rostos estão tensos, suas mãos se movem com rapidez. A ganância dos jogadores é denunciada pelos dedos trêmulos e pela contração dos músculos faciais. Jogam... De repente, caem na risada e o garçom que se encontrava com a cerveja junto a mesa, sorri também. Riem às gargalhadas sem emitir qualquer som. Dá a impressão que foram mortos e suas sombras estivessem condenadas a jogar baralho em silêncio por toda a eternidade. Outra imagem. Um jardineiro está regando as flores. O jato de água cinzenta, que sai da mangueira, se desfaz na forma de uma chuva fina. Cai sobre os ramos de flores e talos de gramas, esmagadas pela água. Aparece um garoto que pisa a mangueira interrompendo o jato d’água. O jardineiro verifica a boca da mangueira ao mesmo tempo em que o garoto retira o pé, fazendo com que o jardineiro receba o jato d’água direto na cara. O espectador imagina que a chuva vai alcançá-lo e tem o impulso de se proteger. Mas na tela o jardineiro já está perseguindo o garoto por todo o jardim, e quando o pega dá-lhe uma surra. Mas a surra é muda e tampouco se escuta o jorro da água que flui da mangueira abandonada no chão.
Esta vida, cinzenta e muda, acaba por transtornar e deprimir uma pessoa. Parece transmitir uma advertência, carregada de um vago, porém, sinistro sentido, diante do qual teu coração estremece. Esqueça onde se encontra. Estranhos pensamentos invadem a mente, e a consciência começa a se debilitar e a desaparecer...
Mas, rapidamente, a teu lado, se escuta uma animada discussão e a risada provocadora de uma mulher... e recordas que estás no Aumont, no local de Charles Aumont... Por que entre tantos lugares este notável invento de Lumière havia de abrir caminho para ser exibido aqui. Este invento que afirma uma vez mais a energia e a curiosidade da mente humana, desenvolvendo-a e atrapalhando-a e que... em seu intento de aprofundar o mistério da vida, ajuda por tabela a construir a fortuna de Aumont? Não percebo ainda a importância científica do invento de Lumière, mas não há dúvida que a tem e provavelmente será útil aos fins gerais da ciência, ou seja melhorar a vida do homem e desenvolver seu pensamento. Não é isto o que encontramos no Aumont, onde não se promove nem se a conhecer nada além do vício. Por que então no Aumont, entre as “vítimas das necessidades sociais” e entre os malandros que compram aqui o amor? Por que entre todos os locais escolheram este para a exibição da última conquista científica? É provável que o descobrimento de Lumière se aperfeiçoe rapidamente, mas o fará no espírito da Aumont-Toulon and Company.
Junto aos filmes já mencionados se projeta Le déjéneur de bébé, onde aparece um trio idílico. Uma jovem esposa com seu gorducho filhinho senta-se na mesa para o café da manhã. A esposa está tão enamorada, são tão encantadores, alegres e felizes, e o menino é tão gracioso! A cena passa a impressão de beleza e felicidade. Esta cena familiar tem sentido no Aumont?
Ainda há outra. As operárias de uma fábrica, formando um grupo compacto, alegre e risonho, saem correndo pela rua. Isso também está fora do lugar no Aumont. Por que lembrar aqui a possibilidade de uma vida limpa, de trabalho? Não tem nenhum sentido. No melhor dos casos, este filme não fará senão comover dolorosamente a mulher que comercia sua sexualidade.
Estou persuadido de que estas imagens serão logo trocadas por outras mais de acordo com o tom geral do Concert Parisien. Por exemplo, projetando um filme intitulado: O nu, ou A dama no banho, ou Uma mulher na intimidade . Também poderão filmar uma sórdida briga entre marido e mulher e oferecê-la ao público com o título Os benefícios da vida em família.
Sim, indubitavelmente se farão este tipo de filmes. Nem o bucólico nem o idílico têm futuro algum no mercado russo, sedento de coisas picantes e extravagantes. Também posso sugerir alguns temas para desenvolver na cinematografia, para diversão do público. Por exemplo: empalar um parasita da atualidade sobre uma estaca, conforme o costume turco, fotografá-lo e exibi-lo depois.
Não é exatamente picante, mas é muito edificante. "
_______________
Nota bibliográfica:
Publicado no diário Nizhegorodski listok, de 04/07/1896 com o pseudônimo “I.M. Pacatus”.
Traduzido para o inglês por Leda Swan e republicado em De Jay Leyda, Kino: A History of the Russian and Soviet Film.
Londres: Allen and Unwin, 1960, pp. 407-409. Republicado em GEDULD, Harry M. Authors on film. Indiana University Press, 1972.
Traduzido para o espanhor por Isabel Villena e republicado em Los escritores frente al cine. Madrid: Editorial Fundamentos, 1981.
Tradução livre para o português por J.D. Brito



Post Scriptum: Vi no TirodeLetra.com.br

13.10.09

Adobe Photoshop CS3 (Apenas 50MB) + Alguns Ebooks

Decidi melhorar um pouquinho nossos acervos. Primeiramente pra atender o email da navegante Sandra, que pedia uma respostagem do Photoshop CS3 grátis para download, e com apenas 50 mega. Sem cracks ou senhas, apenas baixar, descompactar e usar.

Criando-se assim a seção de Softwares no nosso 1º Acervo de Downloads.

Além disso, neste mesmo acervo, inclui mais alguns Ebooks que já tinha (ou não) postado aqui no Barco. Agora todos estes estão livres para download a hora que quiserem.

Eis: além do Misto-Quente (Bukowski) e do Especial Rimbaud, temos também agora; Eu e Outras Poesias (Augusto dos Anjos), Poesia Erótica (B. Brecht), 100 Textos (B. Brecht), Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada (Pablo Neruda), LSD Minha Criança Problema (Albert Hoffmann).

Espero que gostem. Aos poucos vamos incrementando esta lista.

Bike no teto com menos de R$20

Pra você que não consegue ver a sua magrela largada num bicicletário qualquer, junto com outras bicicletas prisioneiras, empoeiradas, murchas e pegando umidade, goteiras e passando frio no inverno, colocar a magrela dentro de casa pode ser o que acalenta seu coração. Mas essa saída nem sempre é tão apreciada pelos demais moradores da casa, seja pelo espaço que ela ocupa, ou mesmo porque todo mundo vive esbarrando e derrubando ela no chão e riscando e sujando as paredes da casa, além do cachorro, que acha que a sua bike é poste…

No caso desses Pedarilhos, o problema era espaço, pois por vezes o apartamento recebe outras bike-visitas, criando uma pequena “massa-crítica” particular na entrada do apê. Pendurar a bike no teto não é nada novo, original. Ok, ok, mas fazer isso de uma maneira barata, ao melhor estilo “faça-você-mesmo” não foi uma coisa assim tão prática. Eu como engenheira, sou uma ótima bicicleteira. Primeiro comprei duas polias de parafuso e uma corda, pensando que assim já ia ser “facinho” pra colocar a bike como um belo enfeite para a parede da sala. Minha empolgação terminou junto com a minha força. Pois sim, não consegui sequer erguer a bicicleta 1 metro acima do chão. Tive que chamar "ajuda dos universitários", e o André, que já tinha feito os furos iniciais no teto, foi chamado para a equipe de planejamento, assim meus problemas “se acabaram-se”.

Encontramos um produto na internet que funciona também como polias, e deve ser muito bom, se não fosse tão $algado (uns R$150 na internet). Então adaptamos o mesmo princípio com roldanas simples que podem ser encontradas em qualquer loja de ferragens, e o valor total não ultrapassou vinte reais. Seguindo pelas fotos, fica fácil entender.

Fixamos as polias ao teto no “olhômetro” mesmo, mas se você tiver mais vocação que engenharia do que eu, aí você pode medir o quadro da bike e observar os pontos onde ficará mais fácil colocar os ganchos fixadores da polia, para que a distribuição do peso fique homogênea ao puxar/soltar a corda. As polias livres colaboram para “diminuir” o peso da bike, lembram das aulas de física?

Você vai precisar de:

- Uma furadeira ;
- Cerca de 7 metros de corda de nylon (nem tão fina que emperre na roldana caso escape da canaleta, nem tão grossa que emperre na canaleta mesmo, a medida da corda vai variar de acordo com a altura do teto e o espaço entre as roldanas) Valor aproximado R$0,60 metro;
- 3 Polias Fixas para teto com parafuso soldado (valor aprox. R$ 2,50 unidade);
- 2 Polias livres com gancho (valor aprox. R$ 1,60 un.);
- Parafuso com argola na ponta (aprox. R$ 1,00);
- 2 Ganchos de parede (para enrolar a corda e fazer com que a bici permaneça no alto) (aprox. R$ 2,00 un);
- 3 Buxas para as roldanas e 2 buxas para os ganchos da parede e 1 buxa para o parafuso com argola;

Para que a corda não escorregue, utilizamos dois ganchos de toalha de banheiro, parafusados na parede em direção oposta (o de cima com a volta do gancho para cima, e o da baixo com o gancho voltado para baixo) assim depois que a bike está no ponto máximo basta enrolar a corda nos ganchos.

É isso, sem projeto nem desenho, a bike ficou no teto na base da gambiarra(vide furos “extra” no teto de casa)! Agora aproveitem as dicas, e se você conseguir fazer um desses também, envie sua foto pra gente ver como ficou! Nosso e-mail é contato@pedarilhos.com.br


Tirado do site : www.pedarilhos.com.br


"Cooperação entre os povos"

Sobre o Obama ter ganho o Nobel da Paz, melhor é lidar com humor..

Ao menos doou o prêmio em dinheiro.

12.10.09

134 Anos de A. Crowley

Post da Loja Quetzalcoatl, integrante à OTO Brasil sob mote Babalon. Para quem se interessa por Thelema e pelo velho mago, é muito bom.


"Faze o que tu queres será o todo da Lei.

Fotografia de Aleister Crowley quando jovem.Hoje fazem 134 anos do nascimento de Aleister Crowley (1875-1947), o Profeta do Novo Aeon.Poucas figuras da história humana foram tão faladas e ainda assim tão desconhecidas quanto A. Crowley. Cento e trinta e quatro anos depois do seu nascimento com suas obras publicadas, pensamentos revirados, vida exposta por inúmeros biógrafos, Ordens iniciáticas inspiradas em seu trabalho, ainda assim, o homem Edward Alexander Crowley permanece um ilustre desconhecido. A essência de sua personalidade desapareceu com sua consciência humana em Dezembro de 1947, não deixando sequer uma boa pista de quem ele realmente era.

Crowley para mim é um enigma. Sua dedicação à Grande Obra é comparável à dos grandes líderes religiosoos da humanidade, sua afronta ao mundo foi de uma coragem tão acintosa que lhe garantiu o título de “Pior Homem do Mundo”.

Lembro que reconheci Crowley com um líder espiritual quando li um de seus diários em que ele escrevia sobre si mesmo: “…sou uma lesma gorda e preguiçosa, não consigo manter o Asana por 20 minutos!” Pensei imediatamente: “Ora aí está! Um homem possível, alguém real e de carne osso alcançando consecussões espirituais!” E acho que é isso. Crowley é um enigma por que ele rejeita a perfeição, ele assume sua própria humanidade como nenhum outro expoente religioso até hoje o fez. Mergulhando na carne ele afirma fazer nascer um deus. Não existe deus senão o homem.

Crowley ousou dolorosamente ser Crowley até Não mais Ser.

Quando em viagem pelo Mar Mediterrâneo e em comunhão com sua Noiva Virgem, cuja redenção é o mistério da perpetuação do Deus Supremo, Crowley sentiu o chamado dos Mestres Secretos que o conclamaram a escrever de forma sucinta a declaração de sua própria natureza e proposta. Assim ele o fez, como segue abaixo:

AO HOMEM
Faze o que tu queres será o todo da Lei.
Meu compromisso sobre a Terra deu-se no ano da fundação da Sociedade Teosófica, eu tomei sobre mim mesmo o pecado do Mundo inteiro, que as Profecias possam ser cumpridas, de modo a que o Ser Humano possa tomar o Próximo Passo da Fórmula de Osiris para aquela de Horus.
E tendo minha hora chegado eu proclamo a minha Lei.
A Palavra da Lei é Thelema.
Dada em meio ao Mar Mediterrâneo
Ano xx Sol em 3º Libra die Jovis por mim
To MEGA THERION

Esta declaração floresce no Juramento de Mestre de Templo (abaixo) que em minha opinião traduz com clareza o homem Crowley e seu fito:

I. Eu, O.M., etc.,um membro do Corpo de Deus, de agora em diante me comprometo pelo benefício de Todo Universo, do mesmo modo como agora nós estamos vinculados à cruz do sofrimento:
II. que eu viverei uma vida pura, como um devotado servo da Ordem:
III. que eu irei compreender todas as coisas:
IV. que eu amarei todas as coisas:
V. que eu realizarei todas as coisas e persistirei em todas as coisas:
VI. que eu persistirei no Conhecimento e Conversação do meu Sagrado Anjo Guardião:
VII. que eu trabalharei sem me prender a nada:
VIII. que eu trabalherei dentro da verdade:
IX. que eu irei contar apenas comigo mesmo:
X. que eu irei interpretar cada fenômeno como um acordo particular de Deus com a minha Alma.
E se eu falhar nisto, seja a minha pirâmide profanada, e o Olho seja fechado para mim.

Um brinde a você Aleister Crowley!

Cento e trinta e quatro anos após o teu surgimento tua Grande Obra encontra-se em pleno florescimento. Possas tu, neste momento e por toda a eternidade, receber as bençãos de nossa mãe Nuit e que em ti esteja sempre a força de Babalon e o esplendor de Horus, a Criança Coroada.

Amor é a lei, amor sob vontade.

Fraternalmente
Babalon
FSR - OTO Brasil
Mestre da Loja Quetzalcoatl - RJ"

Revista Eletrônica Com Ciência - Especial Astronomia

A revista eletrônica Com Ciência já deve ser de conhecimento de vocês, se não for, vale a pena sempre acessar. Mas publico essa edição por se tratar de um especial sobre Astronomia. Eu, como fã do tema, adorei os artigos e reportagens. Tudo livre para se ler no site da mesma.


Editorial:

Viagem ao Sol Carlos Vogt


Artigos:
A influência da astronomia na ciência e na humanidade
Enos Picazzio
Poluição luminosa e a necessidade de uma legislação
Saulo Gargaglioni
A divulgação da astronomia em observatórios e planetários no Brasil
Douglas Falcão
Por que a crença em alienígenas?
Rodolpho Gauthier Cardoso dos Santos
Arqueoastronomia: o canibalismo do indígena brasileiro associado à astronomia
Audemário Prazeres


Reportagens:

O legado de Galileu para a ciência moderna
O astronômico investimento na pesquisa espacial
A cosmologia numa fronteira escura
O flerte entre a astronomia e a ficção científica
Profissão: astrônomo – formação, pesquisa e mercado de trabalho


Entrevista:

Luiz Nicolaci da Costa


Resenha:

Astronomia na Amazônia no século XVIII


Aproveita!

11.10.09

Seu Papel Na Vida

Texto mostrado a mim pelo Fly, do ótimo blog Cataclisma 14. Não sei exatamente quem é o autor do texto, mas devo assumir que fiquei vislumbrado com o mesmo. Bem realista, bem escrito. Fiquem com os verbos, in facto.



"Se você pratica o ócio criativo de forma exagerada (leia-se “desempregado”), sabe que sua vida está amarrada a uma circunstância específica, uma ditadura de palavras bem arranjadas, um coletivo de informações sobre a sua pessoa chamado de “Currículo”. É isso mesmo. Embora o lema “não julgue um livro pela capa” seja muito bonito, é uma folha de papel que vai fazer a diferença entre ter dinheiro pra ir no cinema ou ficar jogando videogame em casa (até porque a situação ideal, jogar videogame na tela do cinema, não existe, assim como sexo sem conseqüências e a objetividade do Robinho).

O Currículo nada mais é do que a sua vida vista pelo capitalismo. Porque a última coisa que interessa ali é se você é uma pessoa decente – não adianta colocar no documento, por exemplo, que certa vez você salvou um gato de uma árvore ou impediu que Michael Bay lançasse um novo filme. Não adianta colocar que você ficou mais de um ano sem formatar o Windows ou que teve sucesso ao mijar contra o vento. E nem pense em citar a noite com a Dani, aquela morena espetacular cujas pernas roliças poderiam sustentar um edifício de apartamentos. Nada disso faz diferença para eles (sim, o termo é usado com uma conotação conspiratória, uma vez que todos os analisadores de currículos do mundo provavelmente pertencem ao mesmo clubinho. Dá até pra imaginar os caras na sede, jantando um banquete de auto-estimas alheias e degustando copos com sangue de virgens). O que interessa é o que você sabe fazer objetivamente. Cursos, palestras, seminários, essas são as cartas do baralho. E, só pra constar, aquela noite jogando bombinhas no chão com o seu primo não conta como workshop, e não te gabarita para uma vaga em alguma empresa de químicos. Talvez como integrante de alguma torcida organizada.

A grande verdade é que todos seus anos de estudo, trabalho árduo e experiências são resumidos a um número determinado de itens, dispostos em uma seqüência determinada e que vão determinar o seu futuro. No mundo de hoje, uma vida cabe em uma folha de papel – aliás, um simulacro de uma folha de papel, em 99% dos casos. Em certas ocasiões há o portfólio, que faz as vezes daquela camiseta de marca que você veste quando vai encontrar uma mulher bonita, mas no geral a sua bagagem de vida vai ficar presa entre as curvas de uma Times New Roman.

Menos mal que, ao menos, podemos escolher quantas vezes damos “Enter” entre uma linha e outra. Privilégios desse mundo democrático no qual vivemos."

10.10.09

Compilação da 'Supercâmera'


Para quem não conhece, a 'Supercâmera' é um quadro da rede de televisão paga Discovery, donde usando de uma câmera especial flagram momentos cotidianos mas sob outro ponto de vista. Ver tudo se passando mais devagar muda nossa percepção do movimento, e por si só é bem interessante. Esta é uma compilação de alguns momentos do programa.

Veja acima ou então clique aqui! para ver no Youtube.

8.10.09

Tecnologia OLED, e sua possível sucessora COLED



Mal os televisores com OLED (recentemente a Samsung começou uma campanha nacional para sua nova tv assim) saíram, e alguns já apontam seus sucessores. Você ainda não tem nem LCD? Pois é, nem eu e to tranquilo assim. Mas por curiosidade, conheçamos as tecnologias e suas possíveis utilidades.

"Um OLED é um dispositivo composto por filmes de moléculas que emitem luz ao receberem carga elétrica. Essas moléculas podem ser diretamente aplicadas sobre a superfície da tela através de um método de impressão complementado com filamentos metálicos que conduzem os impulsos elétricos. Grosso modo, é uma tela com luz própria.

Essa estrutura – além de consumir menos energia – gera imagens com mais brilho e nitidez em equipamentos eletrônicos. Por ter luz própria, uma tela OLED não precisa de luz de fundo ou lateral (backlight ou sidelight), ocupando assim menos espaço. Logo, a tecnologia já é alvo de desenvolvedores de notebooks, netbooks e computadores de mão.

Sabia que a tecnologia OLED ja possui um sucessor?

Embora esta tecnologia OLED demore ainda para substituir os televisores de plasma e LCD um grupo de companhias e institutos de pesquisas anunciou recentemente que obteve resultados impressionantes em suas pesquisas para encontrar substitutos para lâmpadas incandescentes e fluorescentes.

O resultado dos estudos é a tecnologia Cavity Organic Lightemitting Diode (COLED), ou simplesmente diodo orgânico emissor de luz com cavidade. A descoberta possui uma potência muito maior que os atuais leds e até mesmo os melhores OLEDs já produzidos.

Segundo os criadores da tecnologia, os testes realizados mostraram que o COLED é capaz de emitir uma intensidade de luz cinco vezes aquela produzida pelo OLED, possuindo um rendimento duas vezes maior quando comparada com lâmpadas comuns.

"mas qual é a diferença entre essas tecnologias?"

A tecnologia COLED parte dos mesmos principios da tecnologia OLED. Só que, com a adição de cavidades óticas, espelhos paralelos e contrapostos que evitam a fuga de luz para outro ponto que não seja a saída do dispositivo. Dessa forma, o rendimento se torna muito maior, e é possível iluminar uma área maior com um gasto de energia menor. A descoberta é fruto da união entre as companhias japonesas Showa Denko K.K. (SDK), que trabalha no setor químico, a Itochu Plastic Ic. (CIPS) e o instituto sem fins lucrativos SRI (Stanford Research Institute).

Com tanta tecnologia assim daqui a pouco vai ser possivel ver videos em jornais e revistas."
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Interessou-se? Vi o post no (pra mim desconhecido) blog TaLokoo.