5.8.10

Até o Fim do Mundo

Estava eu agora mesmo, passeando pela comunidade 'Go to Mexico de Kombi' quando aparece um post onde Diovane nos manda uma notícia saída do Jornal Zero Hora (RS) de um italiano que está cruzando a América numa Kombi 1970 no sentido inverso, saindo dos Eua para cá, e depois mais ao sul. Link para a matéria no site do Zero Hora (somente para assinantes do jornal) aqui!

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" 04 de agosto de 2010 | N° 16417
ATÉ O FIM DO MUNDO
Uma jornada de Kombi pela América
Veículo comprado de hippie virou casa para engenheiro italiano percorrer o continente

É impossível não se surpreender ao encontrar, numa rua de Porto Alegre, a velha Kombi 1970 com a placa da California/EUA 5TAT104. O estado do veículo revela que já rodou muito. Nos últimos 150 mil quilômetros quem esteve ao volante foi o engenheiro elétrico italiano, PhD em Rádio Comunicações, Fabrizio Talucci, 43 anos. No final de 2006, Fabrizio trabalhava no Vale do Silício, próximo de San Francisco, na Califórnia, em uma empresa que faliu.
Sem emprego e sem o green card que lhe permitiria permanecer nos EUA, ele resolveu dar uma guinada em sua vida. Comprou, de uma hippie, a camioneta que viabilizaria seu sonho de cair na estrada e conhecer profundamente a cultura e o povo do continente americano. Ele próprio preparou com dedicação o carro para a sonhada viagem.
Começou por uma limpeza, para eliminar o cheiro de “marijuana”, e depois adaptou o interior do veículo para ser sua morada nos anos seguintes. Cama, mesa, pia, um grande tanque para água potável e até um painel solar, que foi instalado na capota para produzir a energia que lhe desse alguma autonomia nas áreas desérticas que certamente enfrentaria na viagem. Um aparelho de GPS e duas pranchas (uma de surfe e outra de windsurfe) completavam a bagagem.

Em janeiro de 2007, começou a jornada que pretende terminar no final do ano. Depois de passar por México, Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Bolívia e Brasil, onde entrou por Corumbá e já visitou Brasília, Salvador, Recife, Rio, São Paulo e Porto Alegre, esse viajante solitário segue nesse final de semana para a etapa final: Uruguai, Argentina e Chile.

Até aqui já consumiu 20 pneus, pegou muita onda no Caribe, Pacífico e Atlântico, visitou sítios arqueológicos como Chichen Itzá, Machu Picchu e Kuelap, e foi, inevitavelmente roubado: “algumas poucas vezes pelas pessoas, e muitas vezes por policiais”.
Quando terminar o dinheiro, acumulado antes da aventura, terminará também a viagem. Aí então, um outro Fabrizio voltará para a Itália e começará seu trabalho novamente. "

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