Ou se deterem-na (como tentam em troca de ouro), matarão a todos...
Campanha governamental na Finlância mostra porquinhos (entende-se cofrinhos) com ar vampiresco. Dando a impressão de que o cofrinho 'suga' o sangue, ou seja, o dinheiro; que é um ser maligno e que "poupar não é sempre uma coisa boa".
O governo finlandês está claramente querendo que seu povo cultue muito o capitalismo. Por quê? Simplesmente porque o governo teme a recessão, que poderia acontecer graças a essa 'crise', enfraquecendo o comércio e conseqüentemente a indústria. O que me parece bastante irônico é o fato de que toda esta crise iniciou-se porque milhares de americanos endividados (praticamente todos eles são endividados) resolveram boicotar as imobiliárias.
O capitalismo ianque sempre foi extremamente exagerado, a população local sempre foi acostumada a ter dezenas de cartões de crédito, parcelamento, empréstimo, financiamento, cheque especial, todas estas maravilhas do capitalismo! Estimulados pelo juro baixo que os EUA mantém, essa doutrina levou os americanos ao apogeu mundial, e fez com que os próprios concentrassem boa parte de toda indústria mundial.
Basta lembrar que a 2ª Revolução Industrial foi justamente quando Henry Ford, Taylor e cia decidiram lucrar ao máximo com a produção em massa. A Ford, inclusive, que hoje está em vias de falência (salva é claro, pelo Estado americano, que não admite que os carros orientais - mais econômicos - ultrapassem a indústria automobilística local - GM, Ford, Crysler, etc -).
Lembrem-se de tudo o que os americanos fizeram pelo petróleo. Quantas guerras! Por certo a indústria automobílistica é importante para eles.
Mas o que os americanos tem a ver com os finlandeses do anúncio? Se isto não ficou claro, é muito simples entender. Os finlandeses estão querendo que seu povo torne-se como o americano - e que venham novas pseudo-crises!
Indústrias que criam produtos que são essenciais e duram pouco, oras o 'desenvolvimento' não pode parar!
Que desenvolvimento é este que deixa rastros de esqueletos humanos? Que destrói os biomas terrestres - e ainda se recusa a assinar o Protocolo de Kyoto, que nem é nada demais! -. Pouco se importa com os demais, e até mesmo com os próprios americanos, matando-os lentamente com suas Coca-Cola e com seus McDonalds, endividando-os em cartões para que o comércio permaneça, que manda seus próprios irmãos a guerras como a do Iraque. Isso falando apenas do que fazem a si próprios, pensem nos povos atingidos por esta ganância?! A África não recebe ajuda monetária, mas para as empresas endividadas americanas temos trilhões!
A verdade é que o mundo paga pela sua ganância, e temos que mudar radicalmente em pouquíssimo tempo. Ou todos padereceremos. Não é exagero, é lógica. Nem falo de aquecimento global, falo de poluição, falo de falta d'água, falo de falta de poesia.
Em vez dos países quererem aproveitar a situação mundial caótica para levantar os mesmos ideais que há 50 anos levaram Che a tomar Cuba (pré-aliança URSS), preferem querer aumentar o capitalismo não só na esfera macro, mas que também na micro os homens virem capitalistas de carteirinha. Afinal, qual o modelo de mundo que seria melhor para todos? Reflitam, a resposta eu darei. Mas vocês todos acertarão se pensarem bem. E certamente não é o capitalismo assassino, nem tampouco o socialismo fingido.
Lamentável campanha finlandesa. O mundo é feito de vida; fungos, plantas, animais, homens. Não de papéis prostituídos. Papel não se come, ouro não se come. Precisamos acabar com a fome, precisamos fazer uma arte política, uma filosofia política. Afinal apenas quando todos tiverem direito à Arte, é que ela poderá assumir sua função real de virtude, e não de demagogia.
Veja matéria sobre a campanha no site da Globo.com aqui!
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