31.1.09

Louco, eu?

Ótima reportagem da revista SuperInteressante sobre a loucura. Tema no mínimo questionável.

Eu sou abertamente totalmente contra a utilização de boa parte dos remédios psiquiátricos e principalmente adepto da luta antimanicomial.

"Louco é o homem que preferiu enlouquecer, no sentido em que socialmente se entende a palavra, a trair sua idéia de honra humana."

Leiam a reportagem pois muito vale, e apesar de ser longa, se atentem ao final dela aos procedimentos adotados durante os séculos. Tanta crueldade. Desculpem-me quem discorda, mas para mim manicômio é crueldade pura. Ainda que muitos já tenham pensado em internar-se apenas para livrar-se desta sociedade imoral.

Num tempo de protestos pró-liberdade sexual, de expressão, política e etc; torna-se mais que necessário aumentar a questão dos duvidosos diagnósticos aplicados por tantos psiquiatras, que arruinam vidas e prendem almas a seu bel-prazer. Aonde está o direito de aprisionar um homem apenas porque vê o mundo ao seu redor diferentemente? Nem todos são assassinos, esta idéia é antiquada e ridícula, e pensar que trancá-las com camisas de força em salas brancas vai curá-los é um erro horrível.

Afinal, quem é louco? Quem determina o que é ser louco?

A um mundo que, dia e noite, e cada vez mais come o incomível, para levar até o fim sua má intenção, nada se tem a fazer, chegado a este ponto, senão tapar-lhe a boca.

Clique aqui! e leia a reportagem. Mas muito além de apenas ler, lute por essa causa, afinal amanhã é você que pode ser tachado de louco e trancado num manicômio, sozinho, sem amor.

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