A Bicicletada é o nome em português para um movimento mundial conhecido como “Massa Crítica” (Critical Mass). Trata-se de uma iniciativa horizontal, sem líderes ou organização formal, um encontro de (re)ocupação das ruas e promoção do uso de transportes não-motorizados.
No Brasil, a Bicicletada acontece mensalmente em Curitiba, São Paulo, Joinville, Florianópolis, Aracaju e Rio de Janeiro. Outras cidades do país (Porto Alegre, Fortaleza e Santo André) têm Bicicletadas esporádicas ou já tiveram encontros de massa crítica no passado. (veja o Cronograma da bicicletada )
A Bicicletada é um movimento mundial que incentiva o uso da saudosa “magrela” como alternativa de transporte de pessoas, sobretudo nos grandes centros urbanos, que enfrentam sérios problemas com o excesso de automóveis em circulação, como a poluição do ar e sonora. Além disso, o movimento pretende discutir o uso respeitoso dos espaços públicos pelos cidadãos.
A Bicicletada, importante frisar, não é uma organização, tampouco é coordenada por instituições. Trata-se puramente de um movimento espontâneo, um evento livre, sem donos, onde qualquer pessoa pode fazer parte. Basta marcar uma data e um horário, juntar algumas pessoas e sair para o rolê. Simples assim.
Com o tempo, mais e mais ciclistas vão se acumulando até atingirem um grande número, formando assim a massa crítica. Concentrados, eles forçam sua entrada na pista até interromperem o trânsito dos veículos motorizados, atingindo seu objetivo: atravessarem a avenida e serem respeitados, e não simplesmente ignorados.
No Brasil, sob a bandeira de “um carro a menos”, a Bicicletada ocorreu pela primeira vez na cidade de São Paulo (a maior cidade da América Latina, diga-se de passagem), em 2002. Após quatro anos, em 2006, o canteiro central no final da Avenida Paulista, próximo à rua da Consolação, se tornou seu ponto de encontro oficial.
Fato interessante é que tal praça foi batizada pelos integrantes do movimento de “praça do ciclista”. E, em 17 de outubro de 2007, menos de um mês após o Dia Mundial Sem Carro, foi promulgada a Lei municipal nº 14.530, denominando oficialmente o local como "Praça do Ciclista".
Uma das reivindicações da Bicicletada às autoridades públicas, a propósito, é justamente a criação de um número muito maior de ciclovias, pois uma das dificuldades enfrentadas por quem quer trocar o carro pela magrela é enfrentar o trânsito caótico e sem respeito das cidades
Em breve: Equipamentos básicos para viagens em bicicleta, O problema da Mobilidade Urbana.