Neste post do grandioso CMI, o autor concede uma entrevista ao jornal La Jornada (que mais parece artigo pois não tem perguntas) na qual admite: 'A América Latina é o lugar mais estimulante do mundo!'.
Por quê? Deixarei um trechinho, e por favor, se não forem ler o texto todo que é longo, leiam apenas este trecho - pedido pessoal meu:
"O elemento central do neoliberalismo é a liberalização dos mercados financeiros, que torna vulneráveis os países que têm investimentos estrangeiros. Se um país não pode controlar sua moeda e a fuga de capitais, está sob o controle dos investidores estrangeiros. Eles podem destruir uma economia se não gostarem de algo que esse país faz. Essa é outra forma de controlar povos e forças sociais, como os movimentos operários. São reações naturais de um empresariado muito concentrado, com grande consciência de classe. Claro que há resistência, mas fragmentada e pouco organizada e por isso podem seguir promovendo políticas às quais a maioria da população se opõe. Às vezes isso chega ao extremo.
O setor financeiro está o mesmo que antes; as seguradoras de saúde ganharam com a reforma de saúde, as empresas de energia ganharam com a reforma do setor, os sindicatos perderam com a reforma trabalhista e, certamente, a população dos EUA e do mundo perde porque a destruição da economia é grave por si mesma. Se o meio ambiente é destruído, os que mais sofrerão serão os pobres. Os ricos sobreviverão aos efeitos do aquecimento global.
Por isso a América Latina é um dos lugares no mundo hoje verdadeiramente interessantes. É um dos lugares onde há uma verdadeira resistência a tudo isso. Até onde chegará? Não se sabe. Não me surpreenderia com um giro à direita nas próximas eleições na América Latina. Mesmo assim, terá se conseguido um avanço que assenta as bases para algo mais. Não há muitos lugares no mundo dos quais se possa dizer o mesmo."
Chomsky, no auge de sua sapiência, revela o que já venho dizendo há tempos: a tal Crise Mundial foi mais arquitetada do que acidental; as empresas depois dela registram lucros recordes e as gigantes americanas receberam mais de 1 trilhão de dólares para agora ficarem mais fortes do que nunca. É, pode-se dizer que o mesmo ocorreu em 29, mas de forma mais alarmada, talvez.
E o Obama é apenas marionete, não cumprirá nem o que prometeu, tampouco mudará qualquer coisa.
E se o escritor ainda teme que nas próximas eleições volte tudo como era antes, fique comigo, e dentro destas inglórias possibilidades que temos de voto (cadê a democracia?) votem na Marina Silva. Posso estar dando um tiro no pé, mas Dilma e etc não me convencem.
Para ler o texto todo, que é mais do que recomendado, clique aqui! e não deixe de ler os outros artigos do CMI.
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